O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (07/08) libertar o turco naturalizado brasileiro Ali Sipahi, detido em São Paulo desde o dia 5 de abril sob a acusação de terrorismo pela Turquia.
O empresário é dono de um restaurante na capital paulista e foi acusado por Ancara de “integrar uma organização terrorista que, em 2016, tentou um golpe armado contra o presidente da Turquia”, Recep Tayyip Erdogan, segundo o STF.
Sipahi, de 31 anos, é ligado ao movimento “Hizmet” (“Serviço”, em turco), liderado pelo clérigo e magnata Fethullah Gulen, que vive exilado nos Estados Unidos e é o principal desafeto de Erdogan.
A decisão de Fachin foi publicada no site do STF e confirmada pela defesa do empresário. Ainda não se sabe a data exata de quando ele será solto. No despacho, o ministro determinou ainda que Sipahi seja monitorado com tornozeleira eletrônica; não deixe São Paulo sem prévia autorização judicial; devolva seu passaporte; e se recolha no período noturno em sua residência.
Com a medida, o turco poderá ficar solto até que a justiça brasileira tome a decisão final sobre o pedido de extradição.
Sipahi é naturalizado brasileiro e tem um filho nascido no país, onde vive desde 2007. De acordo com a lei nacional, a extradição de um cidadão do Brasil só é permitida caso ele seja acusado por crimes comuns cometidos antes da naturalização.
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Siphai havia sido detido em SP sob acusação de terrorismo, feita pela Turquia