Os confrontos entre o Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) continuaram nesta terça-feira (04/07) na capital do país, Cartum, deixando mais de 20 mortos e uma centena de feridos.
Segundo a imprensa local, vários bairros da capital foram atacados por via terrestre e aérea, o que provocou grandes perdas humanas e materiais.
Fontes sudanesas apontam que ambos os lados do conflito estão concentrando seus esforços no fortalecimento de suas posições militares em Cartum, onde estão localizadas 95% das principais áreas civis e militares, Omdurman e Cartum do Norte.
Os paramilitares ocupam o aeroporto, o Palácio Presidencial, um complexo de indústrias militares chamado Yarmouk, o comando da Autoridade de Defesa Aérea e da Reserva Central, alguns ministérios, departamentos de polícia e o Banco do Sudão.
MEDIA STATEMENT
The Rapid Support Forces (RSF) has successfully downed this morning a MiG warplane belonging to the Sudanese Armed Forces (SAF) in the Bahri region.
The SAF aircraft attacked multiple residential neighborhoods, killing and wounding scores of innocent civilians…
— Rapid Support Forces – قوات الدعم السريع (@RSFSudan) July 4, 2023
Por sua vez, as posições mais importantes do Exército do Sudão incluem a base militar de Wadi Sayedna em Omdurman, o corpo blindado em Cartum e vários outros pontos no norte da capital.
Twitter/Rapid Support Forces
Grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) ocupam diversas áreas na capital Cartum
A Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou também nesta terça-feira (04/07) que pelo menos 28 refugiados morreram na capital como resultado dos combates ocorridos em 25 de junho, responsável pela tomada de controle do quartel-general do Exército na capital pela RSF.
“Mais uma vez, refugiados e outros civis são vítimas inocentes desta trágica guerra. Ambas as partes devem permitir que os civis se desloquem livremente para lugares mais seguros, garantindo sua proteção e bem-estar e respeitando os Direitos Humanos”, disse o Diretor Regional do ACNUR para o Leste e Chifre da África, Mamadou Dian Balde.
Os confrontos começaram em 15 de abril, deixando pelo menos 1.081 civis mortos e 11.714 feridos, de acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.