A Polícia Nacional do Haiti informou nesta quinta-feira (19/10) a prisão de Joseph Félix Badio, ex-agente policial acusado de planejar o assassinato do ex-presidente haitiano Jovenel Moïse, que aconteceu em julho de 2021.
Badio passou dois anos fugindo da justiça, mas agora foi colocado sob investigação sobre seu papel como autor intelectual do assassinato.
Segundo o porta-voz das Forças de Segurança do país, Gary Desrosiers, Badio foi preso em um supermercado em Petionville, bairro ao sul da capital haitiana, Porto Príncipe, onde também ficava a residência privada do ex-presidente.
Badio trabalhou para o Ministério da Justiça e na unidade anticorrupção do governo antes de ser demitido por supostas violações éticas, semanas antes do assassinato.
Sua prisão pode fornecer dados para a investigação em curso do crime contra Moïse, já que conversou com o atual primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, na véspera do ataque.
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Moïse foi baleado em sua casa, mergulhando o país numa profunda crise política e de segurança
Até o momento, diversas pessoas foram presas pelo assassinato, incluindo 11 homens sob custódia dos Estados Unidos, acusados de organizar uma conspiração entre o Haiti e a Flórida para eliminar Moïse.
Além disso, 18 ex-militares colombianos que foram os autores materiais do crime continuam detidos no Haiti.
Moïse foi baleado 12 vezes em sua casa, ataque que também feriu gravemente a sua esposa, Martine Moïse, mergulhando o país numa profunda crise política. Desde o assassinato, o país caribenho sofreu um aumento na violência de gangues que levou a pedidos de envio de uma força armada internacional.
Assim, o Conselho de Segurança da ONU aprovou no início de outubro o envio de uma força multinacional liderada pelo Quênia para ajudar a combater os bandos, mas o país africano ainda não definiu uma data para o envio.
(*) Com TeleSUR