Sexta-feira, 13 de junho de 2025
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A Justiça do Reino Unido negou nesta segunda-feira (14/03) um pedido do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para recorrer à Suprema Corte britânica contra sua extradição para os Estados Unidos.

De acordo com o tribunal, a solicitação da defesa do australiano “não levantou um ponto de direito válido”. Com isso, a decisão final sobre o caso caberá agora à secretária de Interior do Reino Unido, Priti Patel, tida como favorável à extradição.

Assange foi denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por “conspirar” com a ex-analista militar Chelsea Manning e por receber e publicar informações confidenciais.

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De acordo com os procuradores americanos, Assange agiu ao lado de Manning para obter arquivos secretos, incluindo documentos diplomáticos e relatórios sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Se for condenado nos EUA, o australiano pode pegar até 175 anos de prisão. Embora não responda a nenhuma acusação no Reino Unido, o fundador do WikiLeaks segue mantido em uma penitenciária de segurança máxima.

Denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Assange pode pegar até 175 anos de prisão

Wikimedia Commons

De acordo com o tribunal, a solicitação da defesa do australiano "não levantou um ponto de direito válido"

Em primeiro grau, a juíza Vanessa Baraitser chegou a negar a extradição, alegando que Assange correria risco de suicídio no rígido sistema penitenciário dos Estados Unidos, mas a Alta Corte de Londres aceitou garantias do governo americano sobre o futuro tratamento ao australiano na cadeia e reverteu a decisão.