Um tribunal da junta militar de Myanmar condenou nesta quinta-feira (29/09) a ex-líder civil do país Aung San Suu Kyi a mais três anos de prisão por “violar a lei de segredos de Estado nacional”.
Somando a outros processos, que vão de corrupção até fraude eleitoral, a Nobel da Paz de 1991 já foi condenada a mais de 11 anos de detenção desde que os militares deram um golpe de Estado no país em 1º de fevereiro de 2021.
De acordo com a imprensa local, o ex-assessor de Suu Kyi, o economista australiano Sean Turnell, e outras três pessoas também foram condenadas. Além disso, a ex-governante deverá apresentar um recurso contra a decisão da junta militar.
Após os golpistas assumirem o poder do país, a líder civil foi colocada em prisão domiciliar e, em 22 de junho deste ano, passou a ficar em isolamento em um presídio de Naypyidaw. Os defensores de Suu Kyi são proibidos de dar declarações à imprensa ou às organizações internacionais sob risco de serem presos.
Flickr/Avinash Patra, Sr.
Somadas, penas de Aung San Suu Kyi podem chegar a cerca de 90 anos de prisão.
A ex-líder de Myanmar já foi condenada, além desta sentença, por “crimes de violação da lei de desastres ambientais” por conta da gestão da pandemia de covid-19, por outra acusação de corrupção, por incitar a violência nos protestos contra o golpe de Estado e por violar as leis de comércio e telecomunicações.
Suu Kyi ainda é acusada em outros processos, como por fraude eleitoral, sedição e mais acusações de corrupção. Somadas, as penas podem chegar a cerca de 90 anos de prisão.
(*) Com Ansa