Os militares de Taiwan realizaram exercícios conjuntos diurnos e noturnos nesta quarta-feira (23/11), nos quais utilizaram mísseis antitanque portáteis Javelin fabricados nos Estados Unidos. O treinamento militar aconteceu na base de Pingtung, no sul da ilha, segundo o jornal local Liberty Times.
O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que apenas as tropas da 269ª Brigada Mecanizada do Exército participaram dos exercícios com tiro real, com o apoio de equipes de artilharia, com o intuito de aperfeiçoar as habilidades de cobertura e os assaltos contra as posições inimigas.
“Testamos nossas capacidades em exercícios de fogo real como este, para provar a nossa força para responder a situações de ataque quando seja necessário”, acrescentou o comunicado.
Os exercícios foram realizados um dia depois do alerta que o ministro da Defesa da China, Wei Fenghe deu aos Estados Unidos durante a cúpula de representantes dessa pasta organizada pela Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), no Camboja, nesta terça-feira (22/11).
Soldiers in the 269th Mechanized of #ROCArmy suppressed their target area with live munition through night and day in a joint operation exercise. We put our capability to test in #livefire drills like this, so we have the strength to answer the call when we are needed. pic.twitter.com/7OPQpOqjoJ
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. ?? (@MoNDefense) November 23, 2022
Ministério da Defesa de Taiwan
Exercícios militares do Exército de Taiwan, utilizando armamento de fabricação estadounidense
Fenghe lembrou que a China considera Taiwan como parte inalienável do seu território, sustentou que a política de “uma só China” é uma das mais importantes para o seu governo, e que a questão de Taiwan é uma “linha vermelha intransponível”.
O ministro chinês também garantiu que o Exército de Libertação Popular da China está preparado para derrotar qualquer força que intervenha na questão de Taiwan. Essas posições foram manifestadas em reunião no Camboja diante do chefe do Pentágono, Lloyd Austin.
As relações entre Pequim e Washington se tornaram mais tensas após a visita a Taipei (capital taiwanesa) de Nancy Pelosi, presidenta da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, em agosto deste ano.
Por sua vez, Austin afirmou, no mesmo encontro no Camboja, que a China deve evitar “ações desestabilizadoras” com relação a Taiwan e expressou preocupação com o “comportamento cada vez mais perigoso” das aeronaves do exército chinês na região próxima à ilha, “o que aumenta o risco de um incidente”, segundo ele.