O ministro do Meio Ambiente e Urbanismo da Turquia, Erdogan Bayraktar, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (25/12). Bayraktar se tornou o terceiro integrante do governo a deixar o posto em meio ao escândalo de corrupção que está sendo investigado no país, informou a emissora de notícias NTV.
Ao contrário de seus dois colegas demissionários, Bayraktar não só defendeu sua inocência mas pediu que o primeiro-ministro, o islamita moderado Recep Tayyip Erdogan, também renunciasse.
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Agência Efe
Erdogan Bayraktar, ministro do Meio Ambiente e Urbanismo, pediu demissão nesta quarta (25/12), em meio ao escândalo de corrupção
No começo da manhã renunciaram os ministros de Economia, Zafer Çaglayan, e do Interior, Muammer Güler, cujos filhos estão em prisão preventiva acusados de participação em uma rede de subornos.
Ambos emitiram declarações parecidas denunciando a investigação como “um jogo sujo” contra o executivo.
Já o ministro de Urbanismo, cujo filho também foi preso e solto em seguida sob liberdade condicional, criticou a maneira como a gestão da crise foi conduzida.
“Não aceito que me digam: 'renuncie pelo caso dos subornos e faça uma declaração pública que me tranquilize'”, disse o ministro, declaração que soou como uma denúncia das pressões recebidas por parte do primeiro-ministro.
“Não aceito. Grande parte do planejamento urbano sob investigação foi aprovado pelo primeiro-ministro”, acrescentou Bayraktar. “Anuncio minha demissão do Ministério e do Parlamento. E expresso minha convicção de que para tranquilizar nosso país o primeiro-ministro também deveria renunciar”, concluiu.
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Esta é a primeira vez que um alto funcionário do AKP (Partido de Justiça e Desenvolvimento), fundado por Erdogan, coloca publicamente em xeque a permanência do premiê no cargo.
Vários analistas turcos indicaram nos últimos dias que o esquema mais frequente de corrupção na Turquia envolvia a agência estatal da habitação (TOKI), controlada diretamente por Erdogan.