Atualizado às 20h50
Vinte e sete pessoas, entre elas 20 crianças, morreram nesta sexta-feira (14/12) em um ataque provocado por um atirador em uma escola de educação primária em Newtown, no Estado de Connecticut (leste dos EUA), segundo fontes da Polícia citadas pelos principais meios de imprensa do país. O autor dos disparos também morreu em troca de tiros com os policiais.
A identidade do assassino só será anunciada nesse sábado (15/12). Inicialmente ele foi identificado como Ryan Lanza, de 24 anos, segundo a rede de TV CNN. Segundo a Reuters, ele seria pai de um dos estudantes. No entanto, uma fonte oficial teria corrigido a informação e dito que o atirador era seu irmão mais novo, Adam, de 20 anos.
Ryan mora em Hoboken, em Nova Jersey, e estaria sendo interrogado no Estado, sem ser considerado suspeito do crime. Ele teria entrado na escola vestido com um colete a prova de balas e portando com duas armas, que já foram recolhidas pelos policiais. Uma delas, de acordo com a agência de notícias Associated Press, seria um rifle calibre 223.
Agência Efe (14/12/12)
Um pai e seu filho saem da escola Sandy Hook, que foi vítima de um massacre provocado por um suposto atirador em Connecticut
O alvo do atirador seria a classe em que sua mãe, Nancy, lecionava na escola; ela está entre os mortos. Entre os demais adultos estariam a diretora da escola e a psicóloga.
Ainda não se sabe se o atirador foi morto por policiais ou se tirou a própria vida. Uma segunda pessoa suspeita de participar do tiroteio teria sido presa no local, segundo a rede de TV NBC.
Em pronunciamento oficial, um porta-voz disse que o governador de Connecticut, Dannel Patrick Malloy, está horrorizado e prestando apoio às famílias das vítimas. Ele também disse que estão trabalhando, junto com a polícia, para reunir informações sobre o que aconteceu o mais rápido possível.
Depois, em entrevista coletiva, o governador de Connecticut, Dannel Malloy, afirmou que o massacre, na qual morreram “crianças lindas”, “deixará uma marca nesta comunidade e em cada família afetada”.
“Só peço a todos os cidadãos nos Estados Unidos e no mundo todo que ofereceram sua ajuda, que também lembrem todas as vítimas em suas orações”, disse.
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Dezoito crianças teriam morrido na escola e duas no hospital. A maioria delas era da classe em que Nancy dava aula. Alunos de outra classe também estão entre as vítimas.
As forças de segurança receberam o aviso do fato pouco após começar as aulas, por volta das 9h40 (horário local, 12h40 de Brasília).
Vários dos alunos da escola Sandy Hook foram escoltados para fora da unidade por seus professores entre gritos e soluços.
Alguns meios de imprensa comentam que houve várias dezenas de disparos e que a maioria foi nas salas de aula de educação infantil.
“A polícia nos disse para nos abraçarmos uns aos outros, nos pegássemos pelas mãos e fechássemos os olhos. Só os abrimos ao sair do colégio”, explicou uma menina de nove anos ao jornal local “Hartford Courant”.
Entre as vítimas adultas, segundo depoimentos de pais de estudantes à CNN, estariam a diretora e uma psicóloga da escola. Polícia e ambulâncias figuram no local do tiroteio, além de pais correndo em direção à escola.
Um dos socorristas disse que uma professora ficou ferida e foi levada ao hospital Danbury. Não foram divulgadas informações sobre o seu estado de saúde.
Outros três feridos também foram levados para hospitais perto da escola em estado grave. Dois deles são crianças com ferimentos no rosto e nas mãos. A vice-diretora da escola foi atingida por tiros no pé e na perna. O número total de feridos e ainda não foi divulgado pela polícia.
(*) com agências de notícias internacionais