Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (07/03), o chanceler da China, Wang Yi, fez uma alerta aos países que expressem seu apoio à “independência de Taiwan”. Segundo o diplomata, qualquer movimento nesse sentido “será visto como uma ameaça à soberania da China”.
“As eleições regionais de Taiwan são apenas eleições locais na China. Os resultados eleitorais não mudam o fato mais importante, de que Taiwan faz parte da China. Tampouco afetarão a tendência histórica de que Taiwan regressará à sua terra natal”, declarou o ministro das Relações Exteriores do país asiático.
O pleito mencionado por Wang aconteceu em janeiro deste ano e terminou com a vitória de Lai Ching-te, atual vice-presidente e representante do movimento em favor da independência da ilha. Sua posse no novo cargo está marcada para o mês de maio.
O chanceler chinês também ressaltou que “mais de 180 países e organizações internacionais reafirmaram a sua adesão ao princípio de ‘Uma Só China’ e apoiam a China na salvaguarda de sua soberania nacional e sua integridade territorial”.
Em outro momento da coletiva, Wang reforçou o tom de advertência ao dizer que “se ainda há pessoas que apoiam a independência de Taiwan, ou se determinados países insistem em manter relações oficiais com Taiwan, devem saber que esse movimento será considerado como uma tentativa de intervenção em nossos assuntos internos”.
O chanceler acrescentou que a reunificação do território chinês “é apenas uma questão de tempo”, e que “o comportamento separatista (por parte das autoridades de Taiwan) é o fator mais destrutivo para a paz e a estabilidade na região”.
“Nossa política é muito clara: continuar lutando pela perspectiva de uma reunificação pacífica com a maior sinceridade. Nossa conclusão também é muito clara: Taiwan nunca poderá se separar da pátria mãe”, concluiu Wang.