A Justiça russa concedeu liberdade mediante pagamento de fiança nesta terça-feira (19/11) à ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel, presa em São Petersburgo com 30 companheiros por ter realizado um protesto no Ártico.
O tribunal de São Petersburgo que cuida do caso do “Arctic Sunrise”, o navio com o qual o Greenpeace organizou o protesto, impôs à jovem brasileira uma fiança de 2 milhões de rublos (cerca de R$ 139 mil). Ela é a primeira estrangeira, entre os 30 detidos, que poderá sair mediante pagamento. Ana Paula precisará, no entanto, ficar no país até o final do processo.
Agência Efe
Ana Paula Maciel poderá sair da prisão mediante pagamento de fiança de cerca de R$ 139 mil
O governo brasileiro vem fazendo pressão para um desfecho no caso da brasileira. Nesta quarta-feira (20/11), o chanceler Luiz Alberto Figueiredo chega a Moscou e se encontra com Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. Além de discussões sobre política e economia, está na agenda a prisão de Ana Paula.
Russos
Na segunda (18/11), três russos (um fotógrafo, a médica da embarcação e o porta-voz do Greenpeace Rússia) foram autorizados a sair após fiança. O mesmo tribunal, no entanto, prolongou até fevereiro a custódia de um australiano.
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A Justiça russa tem até 24 de novembro para prolongar a custódia dos detidos, que é quando expira a detenção preventiva ordenada em setembro pelo tribunal do porto de Murmansk. Nessa cidade ártica, os ecologistas estiveram presos até 12 de novembro, quando foram transferidos a São Petersburgo.
Na sexta-feira, o Comitê de Instrução (CI) da Rússia antecipou sua intenção de prolongar a medida cautelar contra os tripulantes da embarcação, que são acusados de vandalismo por tentar invadir uma plataforma flutuante do consórcio russo Gazprom.
Os tripulantes do “Arctic Sunrise” procedem da Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, Brasil, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.
(*) Com Efe