Em uma cerimônia realizada na capital dos EUA nesta quarta-feira (15/01) que contou com a presença do principal negociador e vice-primeiro-ministo chinês Liu He, Estados Unidos e China formalizaram a assinatura da primeira fase do acordo que pode levar ao fim a guerra comercial entre os dois países.
“Hoje estamos dando um passo importante em direção a um futuro de comércio justo e recíproco. Juntos estamos consertando os erros do passado”, afirmou o presidente norte-americano Donald Trump após a assinatura do acordo na Casa Branca.
Durante a cerimônia em que o documento foi assinado, Liu He aproveitou para ler uma mensagem enviada pelo presidente da China, Xi Jinpping, a Donald Trump, na qual disse que o acordo comercial “é bom para o mundo inteiro”.
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Em sua visão, o acordo comprova que “dois países têm capacidade de agir com base na igualdade” e espera que “os EUA tratem empresas chinesas de forma justa”.
A fase 1 do acordo oficializada nesta quarta-feira prevê abrir ainda mais o mercado chinês às empresas norte-americanas.
O texto evita novas sobretaxas alfandegárias dos EUA contra importações chinesas, reforça as normas de proteção à propriedade intelectual e tecnológica e amplia o acesso de empresas e agricultores americanos ao mercado do país asiático.
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Donald Trump (EUA) e Liu He, vice-primeiro-ministro da China
A China se comprometeu a importar mais US$ 200 bilhões em bens e serviços norte-americanos pelos próximos dois anos para reduzir o déficit comercial com o país nas relações bilaterais.
No entanto, os EUA manterão em vigor grande parte dos US$ 360 bilhões de tarifas que o país já havia imposto aos produtos chineses, informa o jornal inglês The Guardian.
Ainda de acordo com a publicação inglesa a ameaça de punição adicional caso Pequim não cumpra os termos do acordo também foi mantida.