Domingo, 13 de julho de 2025
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Presidente dos EUA cogita enviar soldados para apoiar golpe na Venezuela

Wikimedia Commons

Donald J. Trump e o presidente da Colômbia, Ivan Duque Marquez

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu ontem (13/02) na Casa Branca o mandatário da Colômbia, Iván Duque, com quem discutiu temas bilaterais e a crise política na Venezuela.

Trump adotou um tom crítico, como vem fazendo em relação a Maduro, e não descartou a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela. Segundo ele, “todas as opções” estão na mesa. “Tenho um plano B, C, D, E e F”, ironizou.

Questionado sobre se pretendia enviar cinco mil soldados à Colômbia para atuar na crise da vizinha Venezuela, Trump respondeu: “Vamos ver”.

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A frase “5 mil soldados para a Colômbia” foi vista no caderno de anotações do assessor norte-americano para Segurança Nacional, John Bolton, durante pronunciamento à imprensa no final de janeiro.

No entanto, a ideia militar desagrada ao Congresso americano, assim como Duque, que se disse contrário a uma intervenção e crente na possibilidade da pressão diplomática fazer Maduro deixar o poder.

A crise econômica e social pela qual atravessa a Venezuela tem como um dos fatores o bloqueio econômico imposto pelos EUA e outros países, principalmente sobre o petróleo venezuelano. Desde 2017, Donald Trump vem aplicando uma série de sanções econômicas sobre autoridades venezuelanas e também sobre o governo e empresas privadas no país, além de companhias estrangeiras que atuam na Venezuela. O país latino-americano também foi proibido de fazer qualquer transação em dólar. Muitas contas foram fechadas e recursos públicos bloqueados no exterior.

Em uma tentativa de golpe de Estado, o parlamentar opositor Juan Guaidó foi reconhecido como mandatário interino por países como Estados Unidos, Brasil, Canadá, Colômbia, Peru e Paraguai. Dias depois, vieram o reconhecimento de países da União Europeia como França e Reino Unido. China e Rússia não reconhecem a tentativa de golpe perpetrada por Juan Guaidó com apoio dos EUA, e a ONU reconhece Maduro como presidente legítimo.

Na agenda do encontro na Casa Branca, também estavam temas como o comércio, a cooperação em segurança, turismo e energia renovável, além da luta contra as drogas e o combate ao terrorismo.

No dia 17 de janeiro, um atentado contra a Escola de Cadetes da Polícia de Bogotá deixou 20 mortos e 68 feridos.

Duque está em viagem oficial aos Estados Unidos, durante a qual participará de uma reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Com informações da Ansa.