O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, prorrogou por mais um ano o decreto de emergência nacional na Venezuela. A iniciativa começou na gestão do presidente Barack Obama, em março de 2015. Para Trump, a situação no país sul-americano não melhorou e deve ser considerada uma “ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”. Já para Caracas, o ato é uma “perigosa hipocrisia”.
O decreto inclui sanções contra funcionários do governo de Nicolás Maduro e restrições econômicas. O aumento de sanções à Venezuela foi anunciado, no mês passado, durante reunião do Grupo de Lima, na Colômbia, da qual participou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
Em resposta, o governo venezuelano chama a renovação da medida de “um erro histórico”, no contexto de agressão econômica e ameaças. “Resulta um paradoxo que, depois de ameaçar reiteradamente o povo venezuelano com uma intervenção militar, afirmando continuamente que ‘todas as opções estão sobre a mesa’, o governo estadunidense pretenda fazer acreditar que se sente ameaçado pela Venezuela”, disse a chancelaria do país, em nota oficial.
“O governo bolivariano da Venezuela denuncia a perigosa hipocrisia do governo supremacista de Donald Trump e pede à comunidade internacional que rechace esta nova tentativa de encobrir as ações ilegais dos EUA para propiciar a derrocada do governo legítimo e constitucional da Venezuela, com o único fim de tomar o controle das riquezas naturais do país”, prossegue o texto.
“Foram, precisamente, as ameaças da administração Trump que despertaram e ativaram um poderoso movimento contra a guerra e em solidariedade com a Venezuela no seio do próprio povo dos EUA. Por isso, o povo venezuelano reitera o desejo de seguir cultivando as relações de irmandade e solidariedade que, historicamente, manteve com o digno povo estadunidense, tradicionalmente amante da paz, que não acompanhará jamais os delírios de uma elite governante infame, assediada pela torpeza e pelo escândalo político permanente. Ambos os povos, em conjunto, conseguirão deter a nova arremetida imperialista de Washington contra o povo livre da República Bolivariana da Venezuela”, conclui a nota.
(*) Com Agência Brasil
White House
Trump estendeu decreto de emergência contra Venezuela