O túmulo restaurado onde teria sido enterrado o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação será inaugurado oficialmente nesta quarta-feira (22/03) em uma cerimônia na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, após nove meses de reformas que custaram 6 milhões de euros. O anúncio foi feito pelos responsáveis pela restauração nesta segunda-feira (20/03).
“Agora é possível ver a cor e a textura, as inscrições, os afrescos”, disse a restauradora Antonia Moropoulou junto à estrutura centenária. A tradição cristã considera que ali ocorreu o enterro e a ressurreição de Jesus.
As lâminas de mármore da armação foram limpas e sua estabilidade foi reforçada, lajes danificadas foram substituídas, fissuras foram cobertas com cola e suportes foram reforçados para um “monumento que durará para sempre”, segundo a chefe grega da restauração.
“Se a intervenção não tivesse acontecido logo, havia o risco grande de que a estrutura desmoronasse”, disse à agência de notícias AP Bonnie Burnham, do Fundo de Monumentos Mundiais, que supervisionou o projeto.
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Segundo a tradição cristã, restos mortais de Jesus Cristo estão neste túmulo em Jerusalém
A restauração foi realizada por uma equipe de mais de 50 especialistas da Universidade Técnica Nacional de Atenas que havia trabalhado anteriormente nas restaurações da Acrópole grega e da Basílica de Santa Sofia, em Istambul, na Turquia.
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Os restauradores trabalham principalmente à noite, para que turistas e peregrinos pudessem continuar visitando o monumento. O templo do Santo Sepulcro só foi fechado ao público por 36 horas, quando foi retirada a lápide que cobria a cova original de Jesus Cristo, um feito que não acontecia há cinco séculos.
No final de fevereiro, os andaimes colocados pelos britânicos em 1947 foram removidos e as lonas e tapumes que cercam a Edícula seriam retirados antes da apresentação oficial nesta quarta-feira.
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Segundo a tradição cristã, restos mortais de Jesus Cristo estão neste túmulo em Jerusalém
No alto da cúpula reluz uma cruz greco-ortodoxa, que não estava antes da restauração e que, segundo o franciscano e arqueólogo Eugenio Alliata, poderia pertencer ao projeto original da Edícula.
Com um orçamento inicial de 3 milhões de euros, a equipe restauradora contou com um financiamento total de 6 milhões, 80% por doações vindas do exterior, declarou Burnham à Agência Efe.
Moropoulou se mostrou satisfeita com os trabalhos e pede agora à comunidade cristã “que o mantenha”.
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Igreja do Santo Sepulcro fica em Jerusalém
Também foi de grande complexidade drenar a água e os resíduos subterrâneos acumulados nos alicerces que estavam deteriorando o esqueleto da Edícula, um trabalho que teria que continuar para evitar uma deterioração no futuro.
No mês passado, a chefe da restauração entregou aos três Custódios – o greco-ortodoxo, o armênio apostólico e o católico romano – o projeto de “estabilização de alicerces” que estes ainda estão estudando.
As obras foram possíveis graças ao acordo das três igrejas e Moropoulou espera que esta reforma inaugure uma “nova era para a Terra Santa, uma era de comunicação”.
*Com Agência Efe