A procuradoria-geral da Ucrânia anunciou nesta terça-feira (28/07) que começou a julgar à revelia o ex-presidente Viktor Yanukovich, deposto em fevereiro de 2014 após intensa mobilização em Kiev, que ficou conhecida como Euromaidan.
EFE/arquivo
Desde ano passado, Yanukovich já era acusado de crimes de assassinato em massa premeditado de civis e abuso de poder
De acordo com Viktor Shokin, procurador-geral, o ex-mandatário, que atualmente vive em refúgio na Rússia, é acusado de crimes como “abuso de poder”, “traição à pátria” e “criação de uma organização criminosa”.
Além de Yanukovich, serão julgados outros seis ex-oficiais de alto escalão do governo ucraniano. Entre eles, o ex-presidente do Banco Central, Sergei Arbuzov, o ex-ministro de Fazenda, Alexander Klimenko, e a ex-vice-premiê e ex-ministra da Saúde, Raisa Bogatiriova.
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Nos casos de Yanukovich e Bogatiriova, por exemplo, “foram encontradas as provas suficientes” para começar o julgamento imediatamente, informou o procurador-geral à Agência Efe, e em breve “serão entregues as atas de acusação”.
O ex-presidente ucraniano e as outras autoridades de seu governo tiveram suas contas bloqueadas no exterior. Juntas, elas somariam 9 milhões de euros, 26 milhões de dólares e 85 milhões de francos suíços, revelou Shokin.
No início do ano, a Interpol anunciou busca e captura de Yanukovich “a pedido de seu país” pelo suposto “roubo de enormes recursos financeiros e cumplicidade no roubo de outros, todos cometidos em grande escala no marco de uma organização criminosa”. Para o ex-mandatário, a sua deposição foi um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.
Agência Efe/arquivo
Aliados, Yanukovich cumprimenta o presidente russo, Vladimir Putin, em dezembro de 2013