A UE (União Europeia) aprovou nesta segunda-feira (14/05) mais um pacote de sanções ao governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad. Pelas sanções, diversas pessoas ligadas a Assad estão proibidas de renovar o visto de entrada nos 27 países que integram o bloco europeu. Os nomes serão publicados no Boletim Oficial (espécie de Diário Oficial) da UE.
Há 14 meses, uma série de ações violentas atingiu a Síria, pois manifestantes pressionam pela saída de Assad, que resiste em deixar o governo. Os embates entre forças de segurança e opositores são diários. Organizações não governamentais e jornalistas são impedidos de entrar no país. Um grupo de observadores das Nações Unidas está na Síria para implementar o cessar-fogo entre as partes.
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Também foi definido o congelamento de bens de duas empresas e de três pessoas consideradas agentes financiadores do governo de Assad. Atualmente, 126 pessoas e 41 empresas são alvos de sanções europeias. As medidas afetam o Banco Central da Síria e o comércio de metais preciosos.
Na última reunião da UE, em abril, foram proibidas as exportações de produtos de luxo para a Síria, uma medida essencialmente simbólica que visava ao casal Assad.
Os ministros das Relações Exteriores, da UE, reunidos nesta segunda em Bruxelas discutem ainda a questão de direitos humanos na Ucrânia e o fim da ocupação no Afeganistão. A menos de um mês do início do campeonato da Europa de futebol, cujos jogos ocorrerão na Ucrânia (co-organizadora do evento com a Polônia), há o temor de que as divergências entre as autoridades europeias e ucranianas reflitam nas competições.
A UE tem alertado sobre o funcionamento da democracia e da Justiça na Ucrânia, além de demonstrar preocupação sobre a ex-primeira-ministra ucraniana Iulia Timochenko – condenada a sete anos de prisão em um processo em que é acusada de desvio de dinheiro público. Ela alega sofrer maus-tratos de autoridades do governo.
Em relação ao Afeganistão, o tema será tratado na Cúpula da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), nos dias 20 e 21, em Chicago (Estados Unidos). Os ministros pretendem discutir também as medidas da União Europeia em relação ao Afeganistão a partir de 2014, após a retirada das tropas e transferência da segurança para as forças afegãs.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.