A UE (União Europeia) passou a considerar o rebelde CNLT (Conselho Nacional Líbio de Transição) um “interlocutor político”, segundo anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, no final da cúpula extraordinária do bloco europeu que debateu a crise líbia.
Os líderes da UE decidiram também estudar “todas as medidas possíveis” para evitar que as forças de Muamar Kadafi ataquem a população civil.
Além disso, os chefes de Estado e governo do bloco europeu propuseram uma cúpula especial conjunta com a Liga Árabe e a União Africana para debater a situação na Líbia, e insistiram que “a atual liderança deve deixar o poder agora mesmo”, destacou Van Rompuy em entrevista coletiva concedida após a reunião.
Van Rompuy afirmou que o CNLT é para a UE “um interlocutor confiável”, já que o bloco “não quer negociar com Kadafi”.
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O responsável europeu reconheceu que alguns dos dirigentes do grupo são ex-ministros de Kadafi, mas ressaltou que “tomaram uma decisão valente de deixar o regime e assumir uma posição pela rebelião, inclusive pondo em risco suas vidas”.
O Conselho “é suficientemente confiável neste momento”, resumiu.
Quanto ao estudo das possíveis opções para evitar os ataques das forças de Kadafi contra a população, Van Rompuy destacou que um mandato da ONU seria um dos possíveis marcos legais, mas deu a entender que poderia haver outras opções.
Os líderes da UE destacaram também que Kadafi deve deixar o poder porque a repressão que lançou contra as manifestações pacíficas tirou a legitimidade do governante.
“Temos um regime que se voltou contra seu povo. Não é momento de ambiguidades: Kadafi deve sair”, finalizou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
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