Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia aprovaram nesta sexta-feira (23/03) sanções contra 12 pessoas vinculadas ao regime sírio de Bashar al-Assad, entre elas a esposa do presidente, Asma, e outros três familiares seus.
 
A presença da primeira-dama na lista foi antecipada por várias fontes, mas as identidades dos afetados serão conhecidas no sábado, após a publicação no Diário Oficial da União.
 
Os sancionados, aos quais se somam também duas entidades, terão congelados os ativos na Europa e estarão proibidos de viajar para território da UE.
 
Na “lista negra” já figuram o próprio Bashar, seu irmão Maher – considerado o principal executor da repressão contra as manifestações opositoras – e mais de uma centena de figuras de destaque do regime de Damasco.
 
As sanções contra Asma Al-Assad chegam dias depois da divulgação de e-mails interceptados que mostrariam seu total apoio à violência governamental e suas despesas de milhares de dólares em compras de luxo em plena crise no país.
 
Não há constância de se a esposa do presidente, nascida em Londres há 36 anos, mantém a nacionalidade britânica, o que tornaria a priori impossível a aplicação de proibição de viajar à Europa.
 
Hoje, perguntado ao respeito, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, recusou-se a falar a respeito.
 
A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, afirmou que as novas medidas restritivas impostas pela União mandam uma “clara mensagem política”, e confiou em alcançar uma situação na qual Assad reconheça sua responsabilidade, renuncie e possa ocorrer uma transição democrática.
 
Esta nova rodada de sanções europeias chega depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovasse na quarta-feira por unanimidade uma declaração que apoia a mediação do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e pede o fim da violência.
 
O ministro alemão, Guido Westerwelle, garantiu que as novas medidas acrescentarão “maior pressão ao regime de Assad” a fim de consolidar seu “isolamento internacional”, e para dar “forte apoio à oposição e ao povo que pede direitos democráticos”.
 
Os ministros europeus abordarão nesta sexta-feira a situação humanitária na Síria e sua representação diplomática em Damasco, em um momento no qual seis estados-membros decidiram fechar e suspender o trabalho de suas embaixadas (Espanha, Alemanha, Holanda, Itália, Reino Unido e França).
 
“A comunidade internacional está unida no pedido da necessidade de uma trégua humanitária, de criar um corredor de segurança para a população síria, que está em estado de grande sofrimento”, indicou o ministro italiano, Giulio Terzi. 

Supostos emails divulgados na semana passada revelariam que Asma Assad apoia repressão

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