A União Europeia apelou nesta segunda-feira (24/10) ao CNT (Conselho Nacional de Transição) da Líbia para que respeite os direitos humanos e os princípios democráticos. O pedido foi feito depois que as autoridades do governo provisório informaram que adotarão a sharia – que se refere ao código de conduta do islamismo.
“Esperamos que a nova Líbia seja fundada no respeito aos direitos humanos e aos princípios democráticos”, disse Maja Kocijancic, porta-voz da chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.
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Depois da cerimônia denominada Libertação da Líbia, o presidente do CNT, Mustafa Abdul Jalil, disse ontem (23/10) que a legislação será baseada na sharia e deu como exemplo a lei sobre o divórcio e o casamento. Durante o regime do então presidente líbio Muamar Kadafi, que foi capturado e morto na semana passada, a lei proibia a poligamia e permitia o divórcio.
Kocijancic não mencionou a polêmica exposição, em Misrata, dos corpos de Kadafi, e do filho do ex-presidente. Os corpos estão expostos em um frigorífico. Pela tradição islâmica, o enterro deveria ocorrer em até 24 horas após a morte.
A família de Kadafi, organizações não governamentais e a ONU (Organização das Nações Unidas), apoiados pelos Estados Unidos, pediram uma investigação sobre as circunstâncias das mortes. Mas as autoridades líbias informaram hoje que não aceitam uma investigação internacional sobre o assunto.
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa
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