O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para as Américas, Arturo Valenzuela, afirmou que Washington negocia um acordo de segurança com o Brasil. Valenzuela chegou ontem (5) ao Equador na primeira escala de um giro por países andinos que o levará ainda à Colômbia e ao Peru, durante o qual examinará temas de segurança e governabilidade.
“Os EUA estão tramitando como sempre o fazem, porque quando se tem uma relação fluida com outros países do mundo, o que se busca é estabelecer acordos de cooperação”, disse após visitar a Flacsco (Faculdade Latino-americana de Ciência Sociais) em Quito, onde participou de uma conferência. Valenzuela, porém, preferiu não se prolongar. “Não quero comentar mais sobre isso porque ainda está tramitando. Não está concretizado ainda”, completou.
O chefe da diplomacia norte-americana para América Latina descartou que a negociação possa gerar nova polêmica com a Unasul (União de Nações Sul-americanas), como a instalação de sete bases similares na Colômbia, notícia que provocou amplo rechaço de líderes da região, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o venezuelano Hugo Chávez.
“Explicamos muito bem quais eram as intenções dos EUA com a Colômbia, e acredito que as explicações dadas foram bem aceitas na região. Insistimos para que todos entendessem que se tratava de um acordo bilateral, sem nenhuma intenção de se tornar extraterritorial”, afirmou Valenzuela, segundo a Andes (Agência Pública de Notícias do Equador e América do Sul).
Contexto
Por sugestão da Polícia Federal, o governo brasileiro discutiu no final de março com o comandante do Comando Sul dos EUA, tenente-brigadeiro Douglas Fraser, a proposta de criação de uma base “multinacional e multifuncional” que teria sede no Rio de Janeiro.
A base formaria, com duas já existentes, em Key West (EUA) e em Lisboa (Portugal), o tripé de monitoramento, controle e combate ao narcotráfico e ao contrabando, principalmente de armas, além de vigilância antiterrorista.
Os EUA já têm aproximadamente 200 oficiais de ligação no Brasil. São representantes do FBI, do DEA (agência de combate ao narcotráfico) e de outras instituições policiais e de segurança norte-americanas em atividade no país.
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