O escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de
Literatura 2010, disse estar “surpreso” com a premiação, e contou que
chegou a pensar “num primeiro momento que tudo não passava de uma
brincadeira”.
“A verdade é que há muitos anos eu pensava que não
estava entre os candidatos, foi uma surpresa maiúscula, eu nem sequer
lembrava de que nestes dias estavam dando o prêmio, em um primeiro
momento pensei que era uma brincadeira”, declarou ele, de Nova York, à
emissora peruana RPP.
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O autor de A cidade e os cachorros
(1963), Pantaleão e as visitadoras (1973) e Travessuras da menina má (2006), entre outros, afirmou também que, após ser informado sobre a
distinção — por telefone –, preferiu nem celebrar e nem falar com os
seus filhos, até que a Academia Sueca anunciasse a confirmação oficial.
O Nobel de Literatura ainda agradeceu a Espanha, porque foi um país “muito generoso” com ele e com suas obras.
“Parte
deste prêmio é graças à Espanha porque meus romances e editoriais foram
recebidos com grande promoção e obtiveram uma resposta por parte dos
leitores espanhois”, declarou.
Já à rádio colombiana RCN, o
peruano declarou estar “muito feliz”. “Creio que é um reconhecimento à
literatura em língua espanhola e isso sim deve alegrar a todos nós”,
enfatizou.
Em um comunicado, o comitê da Academia Sueca informou
que Vargas Llosa venceu o prêmio por sua “cartografia das estruturas de
poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota
individual”.
Nascido em Arequipa em 1936, o peruano é considerado
um dos grandes nomes da literatura em língua espanhola. O último autor
latino-americano a receber o prêmio foi o mexicano Octavio Paz, em 1990.
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