Com o fim da campanha eleitoral na Venezuela, encerrada nesta quinta-feira (11/04), o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país iniciou nesta sexta-feira (12/04) a instalação das mesas de votação e a verificação de todo o material que será usado no domingo, inclusive as urnas eletrônicas. Além disso, o general Wilmer Barrientos comentou sobre o temor de que episódios de violência atrapalhem o processo eleitoral.
Agência Efe
Material a ser usado na eleição de domingo já está pronto e ficará sob cuidado de autoridades venezuelanas
Mesários fizeram a verificação do material, que ficará sob os cuidados das autoridades venezuelanas até o dia da votação. Também passam a vigorar hoje as medidas de segurança, que incluem aquartelamento da polícia, suspensão temporária dos portes de armas para civis e a proibição à venda de bebidas alcoólicas. A segurança dos locais de votação será feita pelo Exército. As medidas serão mantidas até segunda-feira (15/04).
Além disso, desde a terça-feira (09/04) o governo da Venezuela fechou as fronteiras, localizadas nos Estados de Zulia, Táchira, Apure e pelo sul de Guaiana. Todos os Estados citados fazem fronteira com a Colômbia, mas alguns trechos dos limites territoriais com Brasil e Guiana também foram afetados. Medidas similares foram aplicadas em eleições passadas.
Violência
Durante os 10 dias de campanha eleitoral, a mais curta da história da Venezuela, oposição e governo trocaram denúncias de tentativa de desestabilização e violência. Membros da administração chavista anunciaram a prisão de mercenários de El Salvador e Colômbia, que estariam em solo venezuelano sob o comando de opositores do país, e denunciaram agressões cometidas supostamente por partidários de Capriles.
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A oposição, por sua vez, disse que apoiadores de Maduro atacaram um acampamento de jovens na Praça La Castellana, em Altamira, usando armas de fogo e coquetéis molotov. O caso está sendo investigado após ordens de Maduro. Além disso, a MUD (Mesa de Unidade Democrática) questionou por diversas vezes durante a campanha a segurança do processo eleitoral.
O general Barientos reconheceu que em eleições “há algum nervosismo e as pessoas começam a exagerar” e garantiu que os militares serão “contundentes contra grupos anárquicos que queiram criar e impor cenários de violência à maioria”.
Ele defendeu que os venezuelanos “têm que confiar” nos seus militares, que “respeitarão os resultados” das eleições, em que será escolhido o próximo presidente venezuelano, cujo mandato terminará em 2019.
As presidenciais serão disputadas por sete candidatos, mas a verdadeira disputa será entre Nicolás Maduro e Henrique Capriles Radonski, derrotado por Hugo Chávez nas eleições de 7 de outubro de 2012. Quase 19 milhões de venezuelanos estão aptos a votar.