A FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) afirmou neste domingo (06/08) que permanece “apoiando de maneira incondicional” o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e rechaçou o “ataque terrorista” contra uma base militar no centro do país que deixou dois mortos nesta madrugada.
Por meio de comunicado, a FANB classificou o incidente de “ataque terrorista de tipo paramilitar” contra o forte de Paramacay, em Valencia, no Estado central de Carabobo. “A referida ação foi executada por um grupo de delinquentes civis usando fardas militares e um primeiro-tenente em situação de deserção”, disse a corporação.
De acordo com a FANB, os envolvidos foram “repelidos imediatamente” pelos militares da base e vários deles detidos, incluindo o tenente. No entanto, alguns conseguiram fugir com armas roubadas do Exército e “estão sob intensa busca por parte dos organismos de segurança do Estado”.
“Os sujeitos capturados confessaram ter sido contratados nos estados Zulia, Lara e Yaracuy por ativistas da extrema direita venezuelana com ligação com governos estrangeiros”, afirmou o órgão na nota oficial, assinada por Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela e general-chefe da FANB.
Agência Efe / Arquivo
Vladimir Padrino López, general-chefe da FANB; Forças Armadas reiteraram rechaço a ataque e 'apoio incondicional' a Maduro e à Constituinte
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A FANB acrescenta que “a operação terrorista incluiu a difusão de um vídeo gravado por um oficial subalterno que há três anos foi expulso da instituição por traição à pátria e rebelião, e que fugiu do país e recebeu asilo em Miami, nos Estados Unidos”. Trata-se de Juan Caguaripano – que supostamente liderou a ação e, no vídeo, se declarou “em rebeldia” contra “a tirania assassina de Nicolás Maduro”.
A corporação qualificou a ação como “um show propagandístico, uma enteléquia, um passo desesperado que faz parte dos planos de desestabilização e conspiração que vem sendo gestados para tentar evitar que se consolide o renascimento da nossa república”, em referência à Assembleia Constituinte venezuelana, instalada na sexta-feira (04/08).
Diante desses acontecimentos, a Promotoria Geral Militar foi notificada para investigar o fato, que “está claramente classificado como crime militar”.
No texto, o organismo militar também destacou que a instituição “permanece incólume, unida monoliticamente, fiel às suas convicções democráticas, com a moral em alta, apoiando de maneira incondicional” Maduro, a Constituinte e a Revolução Bolivariana.
“Ratificamos nosso rechaço a este tipo de atos de barbárie contra o povo e suas instituições. Esta canalhice reforça nossos princípios e valores. Não aceitaremos em nenhuma circunstância que seja violada nossa soberania e menos ainda que se menosprezem as conquistas sociais alcançadas para benefício das grandes maiorias”, indicou a nota.