O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, e o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, negaram na noite desta sexta-feira (22/02) que tenha havido enfrentamento entre membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e a população indígena pemón, na fronteira com o Brasil.
“Se está demonstrando que o evento ocorrido em Kumarakapay não envolve a Guarda Nacional Bolivariana pelo tipo de cartucho que se usou ali”, disse Cabello, ao mesmo tempo em que confirmou a morte de uma pessoa durante o ocorrido.
Neste sentido, Arreaza disse que se trata de outra “operação de falso positivo”, na qual as armas utilizadas “não correspondem com o armamento da GNB”. Além disso, afirmou, “um dos feridos foi atingido por uma flecha”.
“É fácil dizer que Nicolás Maduro mandou matar seu povo!”, disse o chanceler, que considera que houve uma operação midiática que buscava vincular o fato à ação do governo venezuelano.
Uma mulher indígena morreu e ao menos outras 14 pessoas ficaram feridas nesta sexta em um episódio em Kamaracupay, no município de Gran Sabana, próximo à fronteira com o Brasil. A vítima, identificada como Soraida Rodríguez, teria morrido com uma “bala perdida” quando se encontrava dentro de casa, segundo meios locais.
Investigações preliminares do governo apontam, segundo Cabello, que “grupos armados do deputado [opositor] Américo De Grazia e do partido Vontade Popular” estariam envolvidos no incidente.
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Fronteira do Brasil com a Venezuela, em Pacaraima