O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge
Arreaza, disse em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (09/08) que o
governo pediu à Colômbia a extradição do deputado oposicionista Julio Borges e outros quatro
acusados de estarem envolvidos no fracassado ataque contra o presidente Nicolás
Maduro.
“Pedimos a extradição do coronel reformado Oswaldo
Valentín Garcia Palomo, Gregorio José Yaguas Monje, do funcionário de migração
da Colômbia, Mauricio Jiménez Pinzón, Yilbert Escalona Torrealba, conhecido
como pastor, e Julio Borges, (…) a quem o poder judicial e a Assembleia Nacional
Constituinte cumpriram com a justa ação de levantar sua imunidade parlamentar,
já que aparece citado nos testemunhos dos autores materiais e intelectuais que,
até o momento, foram capturados”, disse Arreaza.
Borges se encontra exilado em solo colombiano.
O chanceler se reuniu nesta quinta com o conselheiro da Embaixada
da Colômbia na Venezuela, Augusto Blanco. Arreaza e o procurador-geral da
República, Tarek William Saab, informaram ao conselheiro sobre o
desenvolvimento das investigações. De acordo com a agência AVN, os representantes
de Caracas deram a Blanco a localização exata da granja Atlanta, em Chinácota,
onde teria sido planejado o atentado.
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Arreaza (centro) e Saab (dir.) se reuniram com conselheiro colombiano na Venezuela (Foto: AVN)
Ordens de captura
O ministro venezuelano de Interior, Justiça e Paz, Néstor Reverol, disse nesta quinta-feira (09/08) que foram emitidas novas ordens de captura contra sete acusados de envolvimento no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, ocorrido no último sábado (04/08).
Entre os citados, estão Alcira Marina Carrizo de Colmenarez, Virgina Antonieta Da Silva-Pio Porta (codinome “Genesis”); Henryberth Emmanuel Rivas, Thais del Carmen Valeria Viloria, Darwin Mina Banguera, Elvis Rivas Barrios e David Alexander Beaumont Álvarez.
“Estamos distribuindo em todo o território nacional imagens com a identidade destes terroristas e estamos solicitando, por meio dos mecanismos estabelecidos, a ordem de captura internacional”, disse o ministro, em declarações à imprensa.
Além disso, segundo Reverol, outras 25 pessoas estão sendo investigadas por possível participação direta ou indireta no ataque ao presidente.
Por sua vez, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, afirmou que o país ativou “os mecanismos diplomáticos que existem para que aquelas pessoas implicadas na tentativa de magnicídio contra o presidente Nicolás Maduro possam prestar contas à Justiça”.
(*) Com Sputnik e AVN