O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (30/01) que recebe equipamentos militares de alto nível da Rússia com regularidade, e destacou a parceria de seu governo com o presidente russo, Vladimir Putin.
Em entrevista exclusiva à agência Sputnik, Maduro afirmou que “o presidente Vladimir Putin sempre nos forneceu assistência da Rússia em todos os sentidos, e nós a aceitamos com gratidão. O que pedi ao presidente Putin foi que nos mantivéssemos em contato constante, para termos todo o apoio diplomático e político da ONU e para proteger a verdade venezuelana a nível internacional”.
Maduro afirma que, durante seu diálogo com o presidente russo, Putin disse que ambas as nações reforçariam a cooperação nos setores econômico, comercial, petrolífero, militares e em todas as áreas.
“Em termos de cooperação militar, temos equipamentos russos do mais alto nível, na Venezuela se encontram os sistemas de armas mais avançados, eles estão bem posicionados, todo o nosso pessoal está trabalhando, eles foram treinados na Rússia. Temos uma relação muito boa em termos de cooperação militar com Putin”, disse Maduro.
Ao ser perguntado sobre a proposta de novos pedidos de armamentos, o líder venezuelano alega que a estratégia é sempre melhorar a cooperação para que se avance na segurança do país.
“Sempre temos planos para avançar na cooperação para melhorar a defesa aérea, a artilharia e os sistemas de mísseis. Nós sempre avançaremos aqui. A Venezuela receberá os armamentos mais avançadas do mundo”, disse Maduro, adicionando que as armas chegam ao país todos os meses.
O mandatário ainda afirmou que a Venezuela possui “boas relações financeiras com a China e a Rússia, e elas irão se desenvolver, relações sobre o financiamento da cooperação no setor do trigo, por exemplo. [A China e a Rússia] estão financiando e nós estamos pagando no prazo”, disse.
Maduro declarou ainda que o “trigo russo tem sido muito bem sucedido na Venezuela”, e que essa colaboração garante ao país latino-americano independência alimentar e segurança.
“A China está financiando a produção de petróleo e espera aumentar o financiamento nos próximos meses. Contamos com o forte apoio da China e da Rússia para o desenvolvimento econômico da Venezuela”, afirmou o presidente.
A situação política venezuelana se tornou mais tensa após a tentativa de golpe de Estado no dia 23 de janeiro, quando o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autodeclarou presidente interino do país durante um ato realizado nas ruas de Caracas e contou com apoio de países como Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Canadá.
A Rússia, China, Irã e Turquia reafirmaram seu apoio ao atual governo venezuelano de Maduro, enquanto vários países latino-americanos expressaram seu apoio a Guaidó. O México e o Uruguai, no entanto, oferecem assistência para mediar uma solução política para a crise.
*Com Sputnik
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Rússia, China, Irã e Turquia reafirmaram seu apoio a Maduro