Milhares de venezuelanos foram às ruas de Caracas nesta segunda-feira (10/02) para protestar contra as novas sanções dos Estados Unidos sob o Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos (Conviasa), a companhia aérea estatal do país.
Os manifestantes que participaram da chamada Grande Marcha Anti-imperialista se encontraram no parque Carabobo e marcharam em direção ao Palácio Miraflores, sede do governo da Venezuela.
Após o anúncio das sanções, a Conviasa afirmou que continuará cumprindo “com seus compromissos, garantindo atenção aos passageiros que realizam viagens nacionais e internacionais”.
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Pelo Twitter, a companhia aérea publicou um comunicado rechaçando “energicamente” as “agressões que pretendem golpear uma das empresas mais sólidas do país”. O comunicado disse que o repúdio era em “nome dos 2.102 trabalhadores que formam parte da família Conviasa”.
Reprodução
Venezuelanos vão às ruas em protesto contras as novas sanções dos Estados Unidos
O ministro do Transporte, Hipólito Abreu, reiterou que a Conviasa “se converterá de agora em diante em uma das bandeiras de liberdade do povo venezuelano em diferentes partes do mundo”.
Abreu ainda disse que as novas sanções norte-americanas são um “atestado contra nosso trabalho, contra a garantia de sermos livres e soberanos sobre o império”.
Sanções
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, na última sexta-feira (07/02), sanções contra a Conviasa, impedindo a estatal de fazer viagens ao território norte-americano, assim como realizar qualquer tipo de transação comercial com o país.
Também adicionou a estatal à lista de empresas bloqueadas pela Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC – pela sigla em inglês).
A companhia estatal venezuelana já havia sido afetada pela Ordem Executiva 13.884, emitida pelo presidente Donald Trump em agosto de 2019, o chamado bloqueio total.
A nova medida aprofunda o bloqueio, pois prevê que as propriedades que estejam sob controle de empresas ou cidadãos norte-americanos e apoie financeira, material ou tecnologicamente a Conviasa e suas aeronaves serão sancionadas.
*Com teleSur e Brasil de Fato