Milhares de manifestantes saíram às ruas em diversas cidades da Venezuela nesta quinta-feira (23/01) para celebrar o aniversário de 62 anos da queda do ditador Marco Pérez Jiménez e protestar contra os ataques norte-americanos ao país.
A marcha foi convocada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e se concentrou na praça Sucre para então caminhar em direção ao Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, parabenizou o povo venezuelano pelas manifestações e prestou uma homenagem “à memória dos mártires” que lutaram contra o autoritarismo de Jiménez.
“Presto homenagem à memória dos mártires que lutaram para resgatar os caminhos libertários da Pátria, que neste 23 de janeiro, 62 anos depois dessa rebelião popular histórica, nos encontramos em união civil-militar, consolidando o espírito democrático original desta data”, disse Maduro pelo Twitter.
¡El pueblo unido jamás será vencido! ??
En la calle por la paz, la vida y la soberanía. #AntiimperialistasEnMarcha pic.twitter.com/mhE9p7Qi5K
— PSUV (@PartidoPSUV) January 23, 2020
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A manifestação também deu boas-vindas às entidades políticas internacionais que participarão do primeiro encontro de partidos e movimentos sociais de esquerda que será realizado em Caracas, capital do país.
“Neste 23 de janeiro, todos os homens, mulheres, jovens, campesinos, trabalhadores e estudantes vão marchar junto com os delegados e delegadas do Congresso Internacional de Partidos Políticos e Movimentos Sociais do Mundo”, disse Darío Vivas, vice-presidente do setor de mobilizações do PSUV.
#EnFOTOS ?
¡Contra la traición! El pueblo venezolano toma las calles de Caracas para rescatar aquella gesta y la lucha que se libró aquel 23 de Enero. #AntiimperialistasEnMarcha pic.twitter.com/TvR1Ofepi8
— PSUV (@PartidoPSUV) January 23, 2020
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“Contra traição, para a rua. Contra a traição ao povo, o povo se mobiliza para resgatar aquela ação e a luta que foi travada em 23 de janeiro. Vamos comemorar na rua”, afirmou Vivas.
¡CON ALEGRÍA! ??
Este el ambiente que se vive en Caracas???
Este es nuestro camino, el camino de la paz y el de la integración de los pueblos.¡Qué viva Venezuela! #AntiimperialistasEnMarcha pic.twitter.com/gRWk3GXyQu
— PSUV (@PartidoPSUV) January 23, 2020
A manifestação desta quinta-feira também rechaçou as tentativas de intervenções dos Estados Unidos na Venezuela. O presidente da Assembleia Nacional Constituinte do país, Diosdado Cabello, afirmou que a nação latino-americana está “disposta à lutar” contra o “imperialismo e seus lacaios”.
“Yankes, vão para casa. Fora da Pátria Grande, não somos quintal de nenhum império. O imperialismo deve saber que estamos dispostos à lutar cada milímetro de espaço político, sempre ao lado do povo, cada batalha deve ser travada com paixão. Nós venceremos”, disse.
Cabello usou sua conta do Twitter para defender a “independência” venezuelana contra “qualquer inimigo” que “cometa o erro de nos atacar”. “Da Pátria Grande, do berço de Bolívar e de Chávez, os povos livres gritam ao imperialismo, contra qualquer inimigo que cometa o erro de nos atacar. Nós venceremos”, afirmou Cabello.
#VIDEO ?
¡En la calle! Junto al pueblo nos mantenemos movilizados en defensa de la paz. ??♥️#AntiimperialistasEnMarcha pic.twitter.com/FtUcBLb4hy
— PSUV (@PartidoPSUV) January 23, 2020
Ditadura
A Venezuela foi governada por Marco Pérez Jiménez de dezembro de 1952 a janeiro 1958. Nesse tempo, o presidente perseguiu opositores e torturou presos políticos. O autoritarismo de Jiménez durou até 23 de janeiro de 1958, quando os venezuelanos convocaram uma greve geral, manifestações e embates com as forças militares do governo. O ditador fugiu para a República Dominicana e a presidência foi assumida por uma junta provisória que convocou eleições diretas no país.