Terça-feira, 17 de junho de 2025
APOIE
Menu

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, apresentou nesta terça-feira (23/08) uma série de depoimentos e provas, publicados na imprensa, sobre “falsidades e contradições” no julgamento contra ela pelo caso conhecido como “Vialidad”. Em transmissão ao vivo no Twitter, Kirchner falou em uma extensa campanha política e midiática.

“O Lawfare tem um nível mais alto – nós argentinos sempre fomos um pouco mais longe. Quando vivemos a tragédia da ditadura genocida, foi a mais sangrenta de todas”, disse Kirchner, acrescentando ainda que na América Latina, quando não há partidos militares, há partido judiciário, e que “eles vão um passo além”. 

“Aqui não se trata de estigmatizar ou confundir governos populares com associações ilícitas, agora protegem quem realmente rouba no país”, ressaltou.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O Ministério Público pediu que ela cumpra 12 anos de prisão e seja impedida de exercer cargos públicos para o resto da vida. Cristina e seu marido, Néstor Kirchner, ex-presidente da Argentina que faleceu em 2010, são acusados de favorecer o empresário Lázaro Báez em obras públicas entre 2003 e 2015. 

Ministério Público pediu 12 anos de prisão da vice-presidente da Argentina por suposto caso de corrupção: 'protegem quem realmente rouba', declarou

@CFKArgentina/Reprodução

Apoiadores se reuniram em frente de Kirchner

O julgamento do caso “Vialidad” começou em 2019, e foi suspenso devido à pandemia em 2020. O inquérito agora está na etapa final. Além de Cristina, mais 11 pessoas são réus no processo.

Ela afirmou que os promotores não lhe concederam o direito de defesa e que, quando não encontraram fundamento para suas acusações, recorreram a acusações feitas em outros julgamentos e as apresentaram na última audiência.

De acordo com Kirchner, o caso começou com uma construção fictícia de pagamentos superfaturados por obras não realizadas, corrupção e outros elementos que compunham uma fraude monumental.

Dentro do extenso dossiê que apresentou sobre as anomalias do processo, destacam-se questões relacionadas a empresários, políticos e outros atores próximos ao ex-presidente Mauricio Macri.

Em resposta à sentença do MP argentino, apoiadores de Cristina se reuniram à frente de sua residência em Buenos Aires, no bairro Recoleta, na noite da segunda-feira (22/08), para manifestar apoio à vice.