As mesas receptoras de votos das eleições em Honduras fecharam hoje (29) às 17h local (21h de Brasília), uma hora mais tarde do previsto, porque o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) decidiu prorrogar o horário de votação “em virtude da grande quantidade de eleitores que estão procurando os centros de votação”. Entretanto, o presidente deposto, Manuel Zelaya, afirma que a abstenção é alta, em torno de 65%, segundo informações que diz ter recebido de diferentes regiões do país.
“Pelas fontes que tenho do interior do país existem lugares onde a abstenção foi de 40% e em outros chega a 80%”, disse por telefone Zelaya à Agência EFE, da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
O presidente do TSE, Saúl Escobar, disse à Agência EFE que a participação foi considerada “bastante alta”, mas que ainda não dispõe de um dado oficial.
O TSE também advertiu que os meios de comunicação “não poderão divulgar nenhum tipo de resultado, incluindo as pesquisas de boca-de-urna, antes das 19 horas no horário local” (23 horas em Brasília).
Os locais de votação que não obedeceram à orientação serão punidos com uma multa, segundo a resolução do organismo.
Tensão
A Frente de Resistência contra o Golpe de Estado e o Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (COFADEH) denunciaram hoje que um jovem foi morto pela polícia e mais 30 pessoas foram presas nas últimas 24 horas, e consideraram um fracasso as eleições.
A Resistência disse também que há “dificuldades” em locais e regiões de ativistas favoráveis a Zelaya, “ações de intimidação” e “cercos militares contra sedes de sindicatos e bairros que são redutos de defesa do presidente deposto”.
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Segundo informações do El País, várias pessoas ficaram feridas em consequência de choques entre a polícia e grupos opositores à ditadura hondurenha que se manifestavam no centro de San Pedro Sula, no norte do país.
De acordo com o relato de de Arnulfo Aguilar, diretor da Rádio Uno, cerca de mil pessoas partiam da Plaza Libertad, no centro de San Pedro Sula, quando a polícia começou a efetuar disparos contra os manifestantes.
(Atualizada às 22h05)
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