Washington, por meio de oficiais do governo, afirmou na noite desta segunda-feira (28/10) que Barack Obama não sabia do esquema de espionagem contra os principais dirigentes mundiais até metade de 2013. O presidente norte-americano, diz oficialmente a Casa Branca, tinha conhecimento do programa de vigilância da NSA (sigla em inglês para Agência e Segurança Nacional), no entanto, desconhecia a abrangência e o poder do sistema – capaz de espionar, por exemplo, o celular de Angela Merkel e outros milhões de europeus.
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Reprodução / Csmonitor
Presidente da Comissão de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, admite que EUA precisam rever sistema de espionagem
Segundo informações do The New York Times, após o escândalo de espionagem denunciado por Edward Snowden e da repercussão negativa entre aliados europeus nas últimas semanas, Barack Obama deve encerrar o programa de vigilância aos líderes de governos aliados aos EUA. A medida seria uma forma de prestar contas aos dirigentes espionados nos últimos meses pela NSA, especialmente os europeus – que manifestaram em larga escala insatisfação com as práticas de Washington.
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Confirmando que os EUA pretendem frear a máquina de vigilância, a presidente da Comissão de Inteligência do Senado norte-americano, a democrata Dianne Feinstein, pediu ontem (28) uma “revisão total” dos programas de espionagem eletrônica do país para conhecer “profundamente como trabalham os serviços de inteligência”.
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Segundo informações da Agência Efe, Dianne, que, mesmo após as denúncias de Edward Snowden, defendeu a NSA, reconheceu que existem detalhes da espionagem eletrônica que não são de conhecimento do governo. “Está claro que certas atividades de monitoramento foram realizadas durante mais de uma década e que a Comissão de Inteligência do Senado não foi informada satisfatoriamente”, disse Dianne.
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“O Congresso dever saber exatamente o que fazem nossos agentes de inteligência. Com isso, o Comitê vai iniciar uma grande revisão de nossos programas de inteligência. A respeito da coleta de informação relativa a líderes de países aliados dos Estados Unidos como França, Espanha, México e Alemanha, serei clara: sou totalmente contra”, reiterou a senadora
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