O Wikileaks criticou nesta quarta-feira (01/12) a loja virtual Amazon após a companhia norte-americana ceder à pressão do governo dos Estados Unidos e deixar de hospedar o site da organização. A suspensão do serviço não impede o acesso ao site, já que o WikiLeaks tem outras empresas servidoras.
Para fundamentar sua argumentação, o Wikileaks fez referência à Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que defende a liberdade de expressão, de imprensa e de religião, bem como o direito à reunião.
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“Se a Amazon está tão incomodada com a Primeira Emenda, deveria deixar o negócio de venda de livros”, afirmou a Wikileaks por meio de sua conta no Twitter.
Minutos depois, o site afirmou que é o primeiro “movimento global Samizdat” – prática destinada a evitar censura imposta por governos de partidos comunistas nos países do leste europeu. Samizdat é uma junção das palavras russas “sam” (auto) e “izdatelstvo” (publicação).
“A verdade vai aparecer mesmo na face da total aniquilação”, completa o tweet.
O Wikileaks é alvo de ataques sistemáticos desde que, no domingo (28/11), começou divulgar documentos diplomáticos secretos do governo norte-americano.
Enquanto buscava fechar o cerco ao Wikileaks e Julian Assange, fundador da organização, o presidente Barack Obama designou uma comissão que investigará o caso e criará medidas para conter as divulgações do Wikileaks e evitar a revelação de mais segredos.
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Censura
O senador Joe Lieberman, chefe do Comitê de Segurança Interna do Senado dos EUA, informou em comunicado que pediu à Amazon que vetasse o acesso à página nesta terça-feira, quando a imprensa relatou que o Wikileaks contratara o gigante da internet para difundir os mais de 250 mil arquivos secretos norte-americanos. A ideia do WikiLeaks era fugir do ataque de hackers.
“Eu queria que a Amazon tivesse tomado esta ação antes, baseado na publicação prévia do Wikleaks de material secreto”, continuou o independente Lieberman, em comunicado. 'Eu peço a qualquer outra companhia ou organização que esteja abrigando Wikileaks a imediatamente encerrar a sua relação com ele'.
Em sua conta no Twitter, o próprio Wikileaks confirmou. “Os servidores do Wikileaks na Amazon derrubados. Liberdade de expressão na terra dos livres. Tudo bem, nosso $ agora é gasto para empregar pessoas na Europa”. O site deve voltar ao seu servidor na Suécia, Bahnhof, país onde fica a sede da empresa.
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