China e Estados Unidos fizeram “progressos” durante a visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ao país asiático. Essa foi a interpretação do líder chinês Xi Jinping após se encontrar com o representante da Casa Branca.
Xi e Blinken se encontraram nesta segunda-feira (19/06) em meio às tentativas de desescalada das tensões entre as duas potências.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos havia iniciado no domingo (18/06) a primeira visita de um secretário de Estado norte-americano ao país asiático em cinco anos.
Na reunião com o secretário de Estado dos EUA, de acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, o presidente chinês expressou esperança de que sua visita faça uma contribuição positiva para a estabilização das relações.
Além disso, a chancelaria chinesa escreveu que Xi apontou que o mundo precisa de uma relação geralmente estável China–EUA, afirmando que Pequim respeita os interesses dos norte-americanos e não desafiará o país ocidental nem tentará substituí-los.
Por sua vez, acrescentou que os EUA devem respeitar a China e não prejudicar seus direitos e interesses legítimos.
“As interações entre os Estados devem sempre se basear no respeito recíproco e na sinceridade. Espero que o secretário Blinken, por meio dessa visita, possa dar uma contribuição positiva para a estabilização das relações entre China e Estados Unidos”, afirmou o presidente.
Reprodução/ @SecBlinken
Antony Blinken e Xi Jinping se encontram nesta segunda-feira (19/06) em Pequim
O líder chinês, ao mesmo tempo, disse que: “a China espera que as relações sino-americanas sejam saudáveis e estáveis, e acredita que as duas grandes potências podem superar todas as dificuldades e encontrar o caminho certo para conviver uma com a outra com base no respeito mútuo, na coexistência pacífica e na cooperação mutuamente benéfica”.
Xi recebeu Blinken na Assembleia Popular em Pequim. Ele observou que o ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, e o chefe da política externa do Partido Comunista da China, Wang Yi, descreveram as conversas com Blinken como “francas e profundas”.
A questão Taiwan
O governo chinês também garantiu que Pequim não cederá na questão de Taiwan. “Sobre esse tema, a China não tem espaço para compromissos ou concessões”, afirmou Wang, cobrando que os EUA respeitem a “integridade territorial” do país e “se oponham claramente à independência de Taiwan”.
Blinken, citado pela chancelaria chinesa, disse na reunião que Washington “mantêm os compromissos assumidos pelo presidente Joe Biden”. Isso significa que os Estados Unidos “não procuram uma nova Guerra Fria, não procuram mudar o sistema da China, as suas alianças não são dirigidas à China, não apoiam a ‘independência de Taiwan’, e não procuram um conflito com a China”.
Ainda na reunião, o representante dos EUA disse que Pequim prometeu não fornecer armas para a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
(*) Com Ansa e Sputnik News.