Domingo, 20 de julho de 2025
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Marcha da Maconha em Belo Horizonte, no último 12 de maio. Foto por Fora do Eixo
 
Manifestantes de dez cidades saem às ruas neste final de semana e promovem a Marcha da Maconha, movimento que pressiona por mudanças na política de drogas e pela liberação do consumo e produção da erva no Brasil.
 
Curitiba (PR), Manaus (AM), Petrópolis (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) recebem a marcha neste sábado (19). No domingo (20), os protestos acontecem em Aracaju (SE), Atibaia (SP), Jundiaí (SP), Natal (RN) e Recife (PE). Outras marchas estão programadas para ocorrer até o dia 09 de junho.
 
Em São Paulo, mais de 3 mil pessoas confirmaram a presença por meio de um evento criado no Facebook. Segundo um dos organizadores da marcha paulistana, Julio Delmanto, a expectativa é que a participação seja ainda maior. “Estamos em um momento de melhor organização do movimento”, afirma.
 
 
Com o mote “Basta de guerra: Por outra política de drogas”, o movimento questiona a atual diretriz que regulamenta o uso de drogas no país (veja vídeo). “Essa é a primeira vez que a gente pode voltar toda a nossa estratégia não para reivindicar o direito de se manifestar, mas para discutir esse tema”, destaca Delmanto, ressaltando como um avanço a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2011 reconheceu a legalidade das marchas, reforçando a garantia do direito à manifestação.
 
A Marcha da Maconha de São Paulo conseguiu arrecadar R$ 15.760, doados por 294 pessoas, para a construção da marcha deste sábado. Além da compra de equipamentos como mega-fones, a arrecadação financiou a publicação de 7 mil cartilhas e a produção de bottons e adesivos, que serão distribuídos aos marchantes.
 
A programação está prevista para começar às 13h, no Museu de Arte de São Paulo (MASP). O professor de História da Universidade de São Paulo (USP), Henrique Carneiro, o integrante da Associação de Juízes para a Democracia, José Henrique Torres, e o autor do livro “O Fim da Guerra”, Denis Russo, participarão do evento e promoverão uma aula pública sobre drogas. Logo em seguida, haverá apresentação do rapper Sandrão RZO e, depois disso, manifestantes saem em marcha até a Praça da República.
 
Delmanto lembra que é importante que os marchantes evitem provocações por parte da Polícia Militar. Marchas ocorridas no Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) registram problemas com a Corporação. “Apesar de estarmos resguardados pela decisão do STF, a Polícia segue utilizando a lei de apologia sem critérios para nos reprimir. Estamos tentando nos prevenir de todas as formas, inclusive dialogando com a polícia, e orientamos para evitar portar substâncias ilícitas e responder a provocações”, ressalta.
 
Confira a programação dessas e das próximas marchas:
 
19 de maio
 
Curitiba (PR) – Boca Maldita, 14h
 
Manaus (AM) – Praça da Saudade, 16h
 
Petrópolis (RJ) – Praça da Inconfidência, 15h
 
Salvador (BA) – Praça Campo Grande, 15h
 
São Paulo (SP) – Museu de Arte de São Paulo, 14h
 
20 de maio
 
Aracaju (SE) – Pista de Skate da Orla, 15h
 
Atibaia (SP) – Lago do Major, 15h
 
Jundiaí (SP) – Avenida Nove de Julho, 14h
 
Natal (RN) – Ponta do Morcego, 10h
 
Recife (PE) – Rua da Moeda, 14h
 
25 de maio
 
Brasília (DF) – Museu da República, 14h
 
26 de maio
 
Diadema (SP) – Praça da Moça, 13h
 
João Pessoa (PB) – Praça. João Pessoa, 14h
 
Joinville (SC) – Praça da Bandeira, 16h20
 
Juíz de Fora – Parque Halfeld, 11h
 
Nova Iguaçu (RJ) – Praça do Skate, 14h
 
Porto Alegre (RS) – Arco da Redenção, 15h
 
Santa Maria (RS) – Parque Itaimbé (Concha Acústica), 14h
 
27 de maio
 
Blumenau (SC) – Praça do Biergarten, 15h
 
Guarulhos (SP) – Rua Nove de Julho (Fórum), 15h
 
Viçosa (MG) – Quadra do alojamento 'Posinho', 14h
 
1 de junho
 
Goiania – Praça Universitária, 16h20
 
2 de julho
 
Campo Grande – Praça do Rádio, 16h20
 
Florianópolis (SC) – Avenida Beira Mar Norte (Trapiche), 16h20
 
Campinas (SP) – Largo do Rosário, 14h
 
Teresina (PI) – Praça da Liberdade, 16h00
 
9 de junho
 
Rio das Ostras (RJ) – A definir, 16h20
 
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Publicado originalmente no site Brasil de Fato
 
A revista Samuel n02 teve como tema o fracasso da guerra contra as drogas. Leia a revista e o dossiê “Drogas: uma guerra perdida” na íntegra aqui.
 
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Movimento pede mudanças na política de drogas

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