Um atentado terrorista aconteceu nesta segunda-feira (30/01), na cidade de Peshawar, no Noroeste do Paquistão, próxima à fronteira com o Afeganistão.
O ataque foi realizado por um homem-bomba que invadiu uma mesquita na região central da cidade, no momento em que se realizada uma cerimônia religiosa, quando se estima que havia um público de quase 300 pessoas.
Até o momento, a imprensa local relata 40 pessoas falecidas e 157 feridas, incluindo algumas pessoas que estavam do lado de fora do pequeno templo islâmico e foram atingidas por destroços.
Um canal de televisão local do Paquistão entrevistou o chefe da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan. Ele afirmou que a mesquita tinha capacidade para 300 pessoas, estava quase cheia no momento da explosão.
Por essa razão, as autoridades paquistanesas acreditam que o número de vítimas fatais pode aumentar nas próximas horas, considerando que ainda se realizam trabalhos para encontrar corpos entre os escombros, além do fato de que boa parte dos feridos se encontra em estado grave.
Twitter / Mohammad Wasim Jr
Caixões enfileirados durante velório das vítimas do atentado terrorista em Peshawar, no Paquistão
Segundo a agência ANSA, o grupo extremista Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), ligado ao Talibã afegão, reivindicou a autoria do ataque terrorista.
Segundo uma mensagem enviada pelo grupo às autoridades, a ação seria um ato de vingança pela morte do líder desse movimento Omer Khalid Khorasani [cujo nome verdadeiro era Abdul Wali Mohamad], ocorrida em agosto do ano passado, a qual o TTP atribui a uma ação realizada pelo serviço secreto paquistanês.
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, realizou um comunicado em rede nacional minutos depois do ataque, dizendo que ordenou o envio de uma equipe de dezenas de profissionais de saúde para que “os sobreviventes tenham o melhor tratamento médico possível”.
O líder paquistanês também convocou uma reunião do comitê de segurança do país, assegurando que “serão tomadas ações severas” contra os responsáveis pelo ataque.
Por sua vez, o ex-primeiro-ministro Imran Khan acusou o seu sucessor de “promover uma política extremamente permissiva com os grupos terroristas” e criticando a reunião convocada por Sharif, dizendo que ele “reage depois que a tragédia já aconteceu”.
“É imperativo que melhoremos nossa coleta de informações e equipemos adequadamente nossas forças policiais para combater a crescente ameaça do terrorismo”, comentou o ex-premiê, em sua conta de Twitter.