Atualizada às 10h33
O cardeal francês Philippe Barbarin, que também era arcebispo de Lyon, foi condenado nesta quinta-feira (07/03) a um ano de prisão, sentença convertida em seis meses de pena, por não ter denunciado abusos sexuais praticados por um padre durante anos. Após a decisão, Barbarin renunciou aos cargos de cardeal e arcebispo.
O coletivo de juízes do Tribunal de Lyon leu esta manhã a sentença do cardeal Barbarin. Ele e mais cinco funcionários, leigos e clérigos da diocese são acusados de silêncio cúmplice por terem conhecimento, durante anos, dos abusos sexuais praticados pelo padre Bernard Preynat e de terem escondido esses crimes da Justiça.
Para as vítimas do padre Preynat, o sacerdote, que durante várias décadas teria abusado de 80 crianças, se o cardeal Barbarin e os funcionários do arcebispado tivessem denunciado os fatos, muitos crimes não teriam prescrito.
O padre Preynat confessou, em cartas e às vítimas, durante a investigação, os crimes praticados. Das 80 vítimas, apenas sete não viram os crimes prescrever. Preynat deverá começar a ser julgado este ano.
O episódio já virou filme na França, intitulado “Grace à Dieu”, do cineasta Francois Ozon, que estreou nos cinemas do país há poucos dias.
(*) Com Agência Brasil e ANSA
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Philippe Barbarin foi condenado por ocultar pedofilia cometida por padre na França