Terça-feira, 10 de junho de 2025
APOIE
Menu

Atualizada às 10h33

O cardeal francês Philippe Barbarin, que também era arcebispo de Lyon, foi condenado nesta quinta-feira (07/03) a um ano de prisão, sentença convertida em seis meses de pena, por não ter denunciado abusos sexuais praticados por um padre durante anos. Após a decisão, Barbarin renunciou aos cargos de cardeal e arcebispo.

O coletivo de juízes do Tribunal de Lyon leu esta manhã a sentença do cardeal Barbarin. Ele e mais cinco funcionários, leigos e clérigos da diocese são acusados de silêncio cúmplice por terem conhecimento, durante anos, dos abusos sexuais praticados pelo padre Bernard Preynat e de terem escondido esses crimes da Justiça.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Para as vítimas do padre Preynat, o sacerdote, que durante várias décadas teria abusado de 80 crianças, se o cardeal Barbarin e os funcionários do arcebispado tivessem denunciado os fatos, muitos crimes não teriam prescrito.

O padre Preynat confessou, em cartas e às vítimas, durante a investigação, os crimes praticados. Das 80 vítimas, apenas sete não viram os crimes prescrever. Preynat deverá começar a ser julgado este ano.

O episódio já virou filme na França, intitulado “Grace à Dieu”, do cineasta Francois Ozon, que estreou nos cinemas do país há poucos dias.

(*) Com Agência Brasil e ANSA

Philippe Barbarin, que também era arcebispo de Lyon, é acusado de silêncio cúmplice por saber e não revelar, durante anos, os abusos sexuais praticados pelo padre Bernard Preynat

Wikimedia Commons

Philippe Barbarin foi condenado por ocultar pedofilia cometida por padre na França