Um incêndio atingiu na noite desta quinta-feira (13/02) um orfanato em Porto Príncipe, capital do Haiti, e deixou um número ainda incerto de crianças mortas.
À agência Associated Press, Rose-Marie Louis, uma funcionária do abrigo, afirmou que viu 13 corpos sendo carregados para fora do orfanato. A enfermeira Marie-Sonia Chery, que trabalha no Hospital Missão Batista, unidade onde foram encaminhados os feridos, afirmou que 13 meninos e meninas morreram.
No entanto, uma juíza, que não foi identificada, disse à France Presse que 15 crianças morreram por conta do incêndio.
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As informações também divergem em relação à idade de cada um. A funcionária do orfanato disse que metade das crianças eram bebês e que as outras vítimas tinham de 10 a 11 anos. Porém, a médica Catiana Joseph, do hospital Batista, afirmou que os pacientes teriam entre três e 18 anos.
À AP, Louis disse que o incêndio começou por volta das 21h da quinta-feira, e que os bombeiros demoraram cerca de uma hora e meia para conseguir apagar as chamas. Ela afirmou que o orfanato usava velas para poder iluminar o ambiente, pois o gerador de energia estava com problemas.
Reprodução
Instalações do orfanato que fica em Porto Príncipe, capital do Haiti
Ao chegar ao local, a equipe de resgate não tinha equipamentos corretos para poder transportar os feridos e também não tinha oxigênio para auxiliar as vítimas.
Jean-Francois Robenty, que é agente de proteção civil no país, disse à AP que alguns bombeiros acreditam que outros corpos possam estar dentro do prédio e que o resgate continua ainda nessa sexta-feira (14/02).
Já havia sido constatado que a estrutura do prédio do orfanato estava em más condições. Jornalistas da France Presse afirmaram que o local funcionava em dois andares, com instalações apertadas e que continha apenas uma porta de saída.
Segundo a Associated Press, o local pertence à Igreja do Entendimento da Bíblia, que tem sede no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Porém, em 2012, a instituição perdeu a licença que mantinha o direito de manter os orfanatos no Haiti após ficais afirmaram que as condições não eram adequadas para o cuidado com crianças. Ainda não se sabe se a licença havia sido reativada.