Mais de 700 réplicas foram registradas desde o terremoto de 6,5 graus de magnitude que atingiu neste domingo (30/10) a região central do país, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
As principais réplicas ocorreram entre as regiões de Marcas e Umbria. Apesar de constantes, apenas um tremor ultrapassou os 5 graus na escala Richter, disse à ANSA o sismólogo Alberto Michelini, do INGV. Os especialistas calculam que 18 réplicas tiveram intensidade de 4 a 5 graus, enquanto 301 tremores de terra foram enquadrados na categoria de 3 a 4 graus. Outros 403 sismos ficaram abaixo dos 3 graus de magnitude na escala Richter.
O terremoto que atingiu Marcas e Umbria neste domingo foi o quarto de grande magnitude que sacudiu a Itália nos últimos dois meses. No dia 24 de agosto, um terremoto de 6 graus devastou cidades inteiras da região do Lazio. Várias réplicas foram sentidas nos dias posteriores, mas nenhuma tinha passado de 5 graus. Porém, na última semana, outros dois terremotos assustaram a população.
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Agência Efe
Casa em Castelluccio di Norcia ficou destruída após tremores no centro da Itália
E, neste domingo, a terra voltou a tremer de novo. A Defesa Civil italiana estima que entre 25 mil e 40 mil pessoas estejam desabrigadas. Os danos ainda não foram calculados, mas centenas de construções, inclusive igrejas, ruíram com os terremotos. A Basílica de São Bento, em Norcia, desabou por conta dos novos tremores.
Roma
A ponte Mazzini, que atravessa o rio Tibre, no centro de Roma, permanece fechada desde a manhã desta segunda-feira (31/10) após serem detectadas rachaduras em sua estrutura por conta do terremoto que afetou o centro da Itália.
Ela une o centro histórico de Roma com o bairro do Trastevere e fica localizada próxima ao Vaticano. Veículos de bombeiros e da Polícia bloqueiam o acesso à ponte e não está permitida a circulação.
A estrutura é uma das examinadas na capital italiana pela aparição de fendas após o terremoto de magnitude 6,5 na escala Richter que afetou regiões do centro do país e foi sentido com força em Roma.
Além disso, foram fechadas a basílica de São Paulo, que no domingo apresentou uma rachadura em seu pórtico, e as igrejas de São Francisco, no bairro de Monti, e a da praça de São Eustaquio.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que não houve mortos neste último terremoto, mas que o tremor de terra “devastou o coração” do país, com danos “impressionantes”. “A alma da Itália está inquieta. O terremoto mais forte desde 1980 devastou o coração da nossa península. Não há mortos desta vez, e isto nos dá um grande alívio. Mas os danos ao patrimônio doméstico, econômico, cultural e religioso são impressionantes. Estas cidades são a identidade da Itália, devemos reconstruí-las por completo e rapidamente”, disse Renzi.
(*) Com Ansa e Efe