Ao menos sete pessoas morreram após um barco de turistas naufragar no rio Danúbio em Budapeste, na Hungria, na noite desta quarta-feira (29/05).
A embarcação, com capacidade para 60 passageiros, colidiu com um navio de cruzeiro próximo à sede do Parlamento, na capital húngara. Segundo a polícia, com o impacto, o barco adernou e afundou em cerca de sete segundos.
A polícia afirmou que sete pessoas foram resgatadas com vida e outras 21, incluindo dois membros da tripulação, ainda estão sendo procuradas. As autoridades informaram que os sobreviventes foram hospitalizados e apresentam condição estável.
Os motivos da colisão do barco de turismo com outra embarcação de dimensões bem maiores não foram esclarecidos. A polícia abriu uma investigação criminal para apurar o incidente.
A bordo estavam 30 turistas, dois guias e um fotógrafo, todos de nacionalidade sul-coreana, que faziam um roteiro de viagem a seis países do Leste Europeu. O Ministério do Exterior da Coreia do Sul confirmou que 19 de seus cidadãos ainda estão desaparecidos. O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que disponibilizou todos os recursos possíveis e enviou à Hungria uma equipe de 18 especialistas para ajudar nas operações de resgate.
A agência sul-coreana de notícias Yonhap informou que a maioria dos turistas tinha idade entre 40 e 50 anos. Uma criança de seis anos também estaria a bordo no momento do acidente.
O barco afundado foi localizado próximo à ponte Margit, nas proximidades do Parlamento, mas as buscas foram ampliadas para uma grande área até a fronteira com a Sérvia, em razão da forte correnteza do Danúbio. Um dos sobreviventes foi encontrado a 3 quilômetros do local do naufrágio. O rio tem 450 metros de largura no ponto onde a embarcação afundou, com águas de temperatura entre 10ºC e 12ºC.
As operações de busca durante a noite contaram com militares e mergulhadores auxiliados por equipamentos de luz, mas chuvas intensas e a forte corrente no rio prejudicaram os esforços. Funcionários da embaixada sul-coreana em Budapeste ajudavam as autoridades locais a identificar mortos e sobreviventes.
As autoridades húngaras afirmam que há poucas chances de que mais sobreviventes sejam encontrados. “Não quero dizer que não há esperanças, prefiro afirmar que há uma chance mínima”, disse um porta-voz das equipes de emergência. “Não apenas pela temperatura da água, mas também em razão das fortes correntes e do vapor sobre a superfície da água, além das roupas usadas pelas pessoas”, afirmou.
O barco, identificado como Hableany (“Sereia”), tinha 27 metros de comprimento, com capacidade para transportar até 60 passageiros, e pertencia à empresa Panorama Deck de Budapeste. Segundo informações no portal de internet da empresa, seria “uma das menores embarcações da frota”.
Segundo o portal de internet húngaro Hajoregiszter.hu, que divulga o registro das embarcações no país, o Hableany foi construído em 1949 na antiga União Soviética.
O Danúbio corta o centro da capital húngara, separando as duas metades da cidade, Buda e Peste. Os passeios de barco pelo rio são bastante populares entre os turistas, oferecendo belas paisagens e atrações, como o castelo Buda e a sede do Parlamento.
RC/dpa/ap/afp/rtr
AFP/G. Besenyei
Embarcação com 33 passageiros afunda após colidir com navio de cruzeiro no rio Danúbio, em Budapeste