Quinta-feira, 15 de maio de 2025
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Atletas e torcedores peruanos foram atacados por agentes da polícia de Madri na noite desta segunda-feira (28/03), na véspera de um amistoso que a seleção desse país disputará contra o Marrocos, no Estádio Metropolitano da capital espanhola.

O conflito começou quando alguns jogadores do selecionado peruano foram até a entrada do Hotel , onde estavam hospedados, para saudar um grupo de centenas de torcedores que se encontravam ali.

Quando os primeiros atletas se aproximaram dos torcedores a polícia agiu imediatamente com socos e empurrões contra os torcedores e também contra os atletas.

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As imagens mostram inclusive alguns policiais, após a agressão, ameaçando os jogadores para que não se aproximassem novamente dos torcedores. Alguns jogadores, depois de agredidos, tentaram reagir ao atuar policial, mas foram contidos.

Agentes de segurança espanhóis foram acusados de racismo após confronto em frente hotel na capital espanhola; embaixada peruana foi acionada

Federação Peruana de Futebol

Jogadores da Seleção do Peru durante treinamento, antes de agressão sofrida por parte de policiais de Madri

Entre os futebolistas agredidos estão o meia Yoshimar Yotún, o atacante Álex Valera e o goleiro Pedro Gallese, que também é o capitão da Seleção.

O episódio levou a delegação da Federação Peruana de Futebol a acionar o serviço consular peruano em Madri. Horas depois, o Ministério das Relações Exteriores do Peru lançou um comunicado dizendo que os atletas do país foram “atacados sem motivo aparente por membros da polícia espanhola”, e que estavam sendo assistidos pela embaixada peruana.

O Ministério também informou que assessorará um grupo de torcedores agredidos que pretende fazer uma acusação de racismo contra a polícia madrilenha, baseada nos vídeos registrados com celulares durante o episódio.

No entanto, a comunicadora Laura Arroyo, peruana radicada na Espanha, apontou o paradoxo dos internautas de direita que “denunciam o racismo dos policiais espanhóis, mas se calam sobre o racismo da repressão contra os protestos sociais no Peru, em que morreram mais de 60 peruanos, a maioria indígenas”.

(*) Com informações de TeleSur