O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, declarou estado de emergência na saúde pública em Williamsburg, bairro do Brooklyn nesta terça-feira (09/04). O motivo da declaração é o surto de sarampo que afeta a região.
Desde o começo do ano, 285 casos de sarampo foram registrados. Cerca de 1.800 crianças não estão vacinadas em Williamsburg, o que preocupa as autoridades de saúde, pois a doença continua se espalhando.
Pelo Twitter, de Blasio reafirmou a importância da vacinação contra a infecção viral, dizendo que as pessoas “não podem se arriscar” e que todas devem procurar o Departamento de Saúde de Nova Iorque – que “está preparado para providenciar a vacinação de graça”.
“As vacinas não protegem apenas seu filho, elas protegem todos os outros ao seu redor, incluindo bebês e pessoas que vivem com doenças prolongadas. Proteja seus vizinhos certificando-se de que sua família seja vacinada imediatamente”, disse o prefeito nova-iorquino.
A prefeitura está rastreando as pessoas que possam estar em contato com o sarampo. Caso haja pessoas expostas ao vírus, os agentes de saúde têm três dias para efetuar a vacinação
Os que se recusarem em se proteger contra o sarampo não serão forçados a se vacinar, porém terão de pagar multa de mil reais.
Comunidade judaica e antivacinação
A maioria das pessoas infectadas está concentrada em uma comunidade judaica de Williamsburg. Mesmo não havendo uma proibição dos rabinos e de outros líderes em relação à imunização, a taxa de vacinação é menor entre os moradores da comunidade.
O problema é a falta de comunicação com os residentes: muitos não recebem informações necessárias sobre a doença e de como se vacinar. Os ativistas antivacinação tentam persuadir essas pessoas a continuarem não se imunizado.
Em entrevista ao jornal The Guardian, Gary Schlesinger, presidente da rede de saúde comunitária ParCare, afirmou que é um grupo muito pequeno de pessoas que estão se opondo e que será muito difícil que esses mudem de ideia.
Para com Schlesinger, os líderes religiosos apoiam a imunização. “Não há isenção religiosa. É mentira o que esses antivacinação estão espalhando por aí”, afirmou o presidente da ParCare.
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285 casos foram confirmados em bairro do Broklyn, Nova Iorque. Prefeitura intensifica campanha de vacinação.