Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Sete pessoas foram detidas nesta segunda-feira (10/07) durante um protesto contra a circulação de um ônibus em Santiago trazendo mensagens transfóbicas. Manifestantes chilenos foram reprimidos pela polícia ao tentar bloquear o veículo, parte de uma campanha de grupo ultracatólico espanhol contra as pessoas transgênero.

As forças policiais da capital chilena usaram cães e jatos de água para dispersar o protesto e abrir caminho para o ônibus, trazido ao país pela organização conservadora Pais Objetores do Chile e pelo Observatório Legislativo Cristão. O veículo faz parte de uma campanha da organização ultracatólica espanhola Hazte Oír e foi banido em Madri, onde primeiro circulou, em fevereiro.

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“Os meninos têm pênis. As meninas têm vulva. Que não te enganem. Se nasces homem, és homem. Se és mulher, seguirás sendo”, era a mensagem estampada nas laterais do veículo, chamado pelos organizadores de “ônibus da liberdade”. O coletivo também faz referência ao livro lançado em 2014 pelo Movilh (Movimento de Liberação Homossexual), organização chilena pelos direitos LGBT, chamado “Nicolás tiene dos papás” (“Nicolás tem dois papais”), com a frase “Nicolás tem direito a um papai e uma mamãe”.

Agência Efe

Campanha de grupo ultracatólica traz mensagens transfóbicas

Iniciativa de grupo ultracatólico espanhol, campanha foi levada ao Chile por grupos religiosos conservadores; polícia deteve sete pessoas em protesto contra mensagem de ódio a pessoas transgênero

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Como forma de protesto, o Movilh circulou pelas ruas um ônibus azul, batizado de “ônibus da diversidade”, com frases do escritor Pedro Lamebel e da poeta Gabriela Mistral em favor do respeito a crianças transgênero.

Paula Narváez, porta-voz do governo chileno, disse que o Executivo de Michelle Bachelet se opõe à iniciativa ultraconservadora. “Em vez de se chamar ‘ônibus da liberdade’, deveria se chamar ônibus da intolerância e do desrespeito dos direitos de todos e de todas”, afirmou.

Reprodução/Twitter



“Ônibus da diversidade” promovido pelo Movilh

Tereza García, porta voz do grupo Hatze Oir, afirmou que a intenção é “denunciar que existem projetos e leis governamentais que obrigam a educar as crianças em um determinado comportamento afetivo e sexual e que os pais têm direito de decidir sobre essa educação”.

Agência Efe

Protestos contra o ônibus com mensagens transfóbicas foram reprimidos pela polícia de Santiago

Madri

Em fevereiro, o “ônibus da liberdade” foi lançado em Madri e teve sua circulação interrompida pela prefeitura da capital espanhola. A campanha sofreu críticas do governo e de movimentos sociais.

Segundo a porta-voz da prefeitura, o veículo trazia uma campanha de ódio e, por isso, descumpria regras de “mobilidade e publicidade”.