Um relatório preliminar sobre a investigação da queda do Boeing 737 MAX 8, da Ethiopian Airlines, revelou nesta quinta-feira (04/04) que os pilotos seguiram “várias vezes” os procedimentos recomendados pela companhia para controlar o avião.
De acordo com o documento, a tragédia, que deixou 157 mortos, pode ter sido decorrente de uma falha no software do sistema de controle automático de voo responsável por evitar que o avião perdesse sustentação no ar.
Apesar dos esforços, os pilotos “não conseguiram controlar a aeronave”, disse a ministra dos Transportes da Etiópia, Dagmawit Moges, durante entrevista coletiva de imprensa. Segundo ela, “o sistema de controle de voo da aeronave deve passar por uma revisão”.
Após a revelação do relatório, o presidente-executivo da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebre Mariam, disse estar “muito orgulhoso” do “alto nível de desempenho profissional” dos pilotos, que “cumpriram todos os procedimentos de emergência”.
No último 10 de março, a queda de um avião da Ethiopian Airlines matou 157 pessoas perto de Adis Abeba. Antes disso, no dia 29 de outubro, um acidente parecido, com uma aeronave da companhia indonésia Lion Air, já havia deixado 189 mortos após decolar de Jacarta em direção a Pangkal Pinang.
As tragédias fizeram com que a companhia, após a determinação de diversos governos para que o uso do aparelho fosse proibido, suspendesse as operações desse modelo de aeronave para realizar uma atualização do software antiestol (que evita a perda de sustentação do avião) do 737 MAX.
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Relatório preliminar isentou pilotos de culpa em acidente com 737 MAX 8; na foto, avião semelhante ao que caiu na Etiópia