A Síria realiza nesta sexta-feira (06/10) um funeral coletivo de dezenas de soldados, mortos em um ataque aéreo terrorista contra a academia militar da cidade de Homs, no centro do país.
Na última quinta (05/10), uma ofensiva lançada no final de uma cerimônia de conclusão do treinamento de cadetes deixou ao menos 110 mortos e 400 feridos, segundo o Observatório Nacional dos Direitos Humanos.
Imagens da imprensa local mostram dezenas de familiares e amigos das vítimas, incluindo oficiais uniformizados, reunidos em um cortejo fúnebre iniciado no hospital militar de Homs até o cemitério local.
Até o momento, o governo sírio tem mantido a identidade das vítimas e o número total de mortos sob sigilo absoluto. Nenhum grupo terrorista assumiu o atentado até agora.
A área de Homs é uma das mais monitoradas por forças antiaéreas, radares e tropas governamentais, russas e iranianas. Na ausência de informações claras, as autoridades locais cogitam que o ataque foi deflagrado por facções do próprio grupo militar sírio com o objetivo de eliminar uma série de oficiais superiores de Damasco, como parte de uma briga interna.
Twitter/geopol.pt
Governo sírio tem mantido a identidade das vítimas e o número total de mortos sob sigilo absoluto
Após o atentado, o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria fez um apelo à “redução imediata” da violência no país. “As cenas horríveis lembram a necessidade de uma redução imediata da violência, de um cessar-fogo nacional e de uma abordagem cooperativa para combater os grupos terroristas listados pelo Conselho de Segurança”, declarou Geir Pedersen, em comunicado publicado em Genebra.
Segundo ele, que está “gravemente preocupado com a escalada de violência na Síria, “todas as partes devem respeitar as suas obrigações ao abrigo do direito internacional e garantir a proteção dos civis e das infraestruturas”.
O governo brasileiro, por meio de um comunicado do Itamaraty, também lamentou o ataque e expressou “suas condolências aos familiares das vítimas e sua solidariedade ao povo e ao governo da Síria”, além de reiterar “seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo”.
(*) Com Ansa