O governo chileno informou, no último sábado (04/02), que o número de mortos em incêndios florestais que afetam principalmente as regiões de Biobío, La Araucanía e Ñuble, subiu para 23.
“Queremos lamentar a morte de 23 pessoas”, disse o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, que também explicou a existência de 979 feridos.
AHORA | Tras nuevo Cogrid Nacional, autoridades de Gobierno entregan información sobre el estado de los #IncendiosForestales https://t.co/9cg9LkpfPc
— Gobierno de Chile (@GobiernodeChile) February 5, 2023
Monsalve indicou que dos 232 incêndios ativos no país, 83 estão em combate. Desse número, 76 começaram na sexta-feira (03/02), e 16 no sábado.
As autoridades informaram que 11 das vítimas morreram no povoado de Santa Juana, em Biobío, localizado a cerca de 500 quilômetros ao sul da capital, Santiago.
Além disso, Monsalve enfatizou que países como Colômbia, Espanha, Argentina e Venezuela estão avançando na entrega de apoio para combate aos incêndios.
O subsecretário do Interior também afirmou que mais de 2.300 brigadistas da Corporação Florestal Nacional e cerca de 3.000 bombeiros voluntários estão trabalhando para apagar as chamas.
Twitter/Gobierno do Chile
Presidente Gabriel Boric declarou, na sexta-feira (03/02), estado de catástrofe nas regiões de La Araucanía, Ñuble e Biobí
Por sua vez, a ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, alertou que o Chile está se tornando mais vulnerável aos incêndios florestais devido aos efeitos da mudança climática.
Tras reunión con ministra @Carolina_Toha para evaluar situación de incendios forestales en la zona centro sur del país, he decidido decretar Estado de Excepción Constitucional de Catástrofe para la Región de Ñuble. Juntos, enfrentamos la emergencia con la mayor fuerza posible.
— Gabriel Boric Font (@GabrielBoric) February 3, 2023
Diante da grave situação, o presidente Gabriel Boric declarou, na sexta-feira (03/02), estado de catástrofe nas regiões de La Araucanía, Ñuble e Biobío, que são as mais afetadas pelos incêndios.
A declaração de catástrofe permite dispor de recursos adicionais para controlar a emergência, restringir a livre circulação de pessoas e utilizar as forças militares para conter o desastre.
Os incêndios no Chile ocorrem em meio a uma onda de calor extremo, que lembra às autoridades um desastre como o vivido no início de 2017, quando um gigantesco incêndio florestal deixou pelo menos 11 mortos, destruiu mais de 1.500 casas e devastou 467.000 hectares de terra.
(*) Com TeleSUR