O tunisiano Anis Amri, principal suspeito pelo atentado a feira de Natal em Berlim, foi morto durante um tiroteio com policiais na cidade de Sesto San Giovanni, nos arredores de Milão, disseram nesta sexta-feira (23/12) autoridades italianas, confirmando notícia divulgada pela imprensa local minutos antes.
Impressões digitais confirmaram a identidade de Amri “sem sombra de dúvida”, afirmou o ministro italiano do Interior, Marco Minniti, durante entrevista à imprensa em Roma. O tunisiano era o homem mais procurado da Europa, e sua morte encerra uma busca que já entrava no quarto dia.
Segundo as autoridades italianas, Amri foi parado entre as 3h e 3h30 (horário local) por dois policiais num controle de documentos. Ele estava andando sozinho perto da estação de trem. Ao ser abordado, o jovem puxou uma arma calibre 22 e feriu um dos policiais no ombro. O outro então disparou contra ele, matando-o a tiros. O policial ferido foi levado a um hospital e não corre risco de vida.
Agência Efe
Suspeito de ser autor de atentado com caminhão em Berlim, Amri foi morto na Itália
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Segundo o chefe da polícia antiterrorismo, Alberto Nobili, no corpo de Amri foi encontrada uma passagem de trem que pode ajudar a reconstruir os movimentos dele: ele pegou um trem em Chambéry, na França, e foi para Turim, de onde se deslocou para a região de Milão, onde chegou por volta da 1h.
Amri foi morto por um policial de 29 anos que estava em período probatório. O policial estava acompanhado de um colega de 36 anos, que foi baleado num dos ombros pelo foragido e levado para um hospital em Monza.
Amri morou durante vários anos na Itália, onde também cumpriu pena de prisão antes de ir para a Alemanha, em julho de 2015. Ele solicitou refúgio no país, mas o pedido foi negado em junho de 2016. Amri não foi deportado por questões burocráticas, e se tornou “tolerado” na Alemanha.
O ataque à feira de Natal do bairro Charlottenburg, na noite desta segunda-feira, deixou 12 pessoas mortas e mais de 50 feridos. Um caminhão avançou sobre as barracas da feira. Amri é o principal suspeito de ser o condutor do caminhão.
AS/dpa/rtr/afp/efe