A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos deu na noite desta sexta-feira (11/12) autorização para o uso emergencial da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa alemã Biontech e pela multinacional norte-americana Pfizer.
A decisão abre caminho para a distribuição do imunizante em todo o país, e a vacinação dos primeiros grupos de risco pode começar a qualquer momento. Os EUA são o sexto país no mundo a aprovar a vacina da Biontech/Pfizer, depois de Reino Unido, Canadá, Bahrein, Arábia Saudita e México.
Segundo o Washington Post, a Casa Branca teria chegado até a ameaçar de demissão o comissário da FDA, Stephen Hahn, se a autorização não fosse concedida até o fim de sexta-feira.
A vacina da Biontech/Pfizer usa a inovadora tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), uma sequência genética sintética que codifica a proteína spike, espécie de “casca” utilizada pelo Sars-CoV-2 para atacar as células humanas.
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Decisão abre caminho para a distribuição do imunizante em todo o país
Ao entrar no organismo, esse mRNA instrui as células a produzirem a proteína, que será reconhecida como agente invasor pelo sistema imunológico e combatida com anticorpos que, mais tarde, servirão para enfrentar uma eventual infecção pelo novo coronavírus.
Esse imunizante, no entanto, precisa ser mantido a temperaturas inferiores a -70°C para garantir sua eficácia. A Biontech e a Pfizer já informaram que trabalham em uma “segunda geração” da vacina que possa ser conservada em temperaturas normais de refrigeração.
A aprovação da FDA chegou no mesmo dia em que os EUA registraram recorde de casos e mortes causadas pelo novo coronavírus em um único dia, com 231.775 e 3.309, respectivamente, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Até o momento, o país contabiliza 15.851.735 de contágios e 295.539 óbitos na pandemia, o que representa cerca de 20% dos casos e mortes de todo o mundo.