O governo de Wuhan, na China, anunciou nesta terça-feira (03/08) que vai submeter toda a sua população de 11 milhões de habitantes a exames RT-PCR para o novo coronavírus, que foi identificado pela primeira vez na região, no fim de 2019.
A cidade chinesa vai testar todos os seus habitantes em função da descoberta de sete casos da covid-19, os primeiros na metrópole desde junho de 2020.
Wuhan já havia feito uma operação semelhante de testagem no ano passado, após o fim do lockdown em abril. Os sete infectados identificados são trabalhadores pendulares que foram testados em uma estação de trem.
As autoridades locais temem sobretudo a disseminação da variante Delta, que já foi detectada na China, uma vez que Wuhan é um importante ponto de entroncamento de transportes no centro do país.
Outras cidades também estão em estado de alerta contra o novo coronavírus, como Yangzhou, cujos habitantes estão em quarentena após a confirmação de 40 casos na última segunda-feira (02/08).
Governo China/ Fotos Públicas
Toda a população de 11 milhões de habitantes em Wuhan fará exames RT-PCR para o novo coronavírus
Cada família pode escolher apenas uma pessoa para sair na rua para comprar itens de primeira necessidade. Já a capital Pequim adiou a reabertura das escolas e proibiu a entrada de turistas durante a alta temporada de verão.
A China registrou 90 casos de covid nesta terça-feira, mas contabilizou apenas quatro mortos em todo o mês de julho.
Nove milhões de testes no leste do país
A cidade de Nanquim, porta de entrada para a parte leste da China, é considerada o centro da nova onda de contágio e as autoridades chinesas afirmam que o foco se espalhou para 14 províncias e 28 cidades do país.
Medidas de distanciamento social e rastreamento de contatos também foram aplicadas em outras partes da China.
Com isso, foram realizadas três rodadas de testes de ácido nucléico em mais de nove milhões de habitantes da cidade para controlar o surto. Todos os voos do aeroporto de Nanquim foram suspensos até 11 de agosto para controlar o aumento de casos da covid-19.
(*) Com Ansa e Brasil de Fato.