A Universidade de Oxford anunciou nesta quinta-feira (04/02) o lançamento de um estudo para verificar se a combinação de duas doses de vacinas diferentes contra a covid-19 são eficazes para proteger a população.
“Se nós mostrarmos que as vacinas podem ser utilizadas dessa maneira, isso aumentará consideravelmente nossa flexibilidade para distribuir as doses”, disse o pesquisador Matthew Snape, encarregado do estudo, em um comunicado.
A pesquisa terá a participação de 820 voluntários de mais de 50 anos e testará, por enquanto, a combinação da vacina da Pfizer/BioNTech com o produto da AstraZeneca – os dois imunizantes atualmente disponíveis no país.
O estudo também vai avaliar a eficácia da proteção em função do espaçamento entre as duas injeções. Os pesquisadores vão testar um intervalo de quatro semanas, o que foi inicialmente recomendado pelas autoridades sanitárias, e outro de doze semanas, que permitiria vacinar mais rapidamente a população.
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Estudo também vai avaliar a eficácia da proteção em função do espaçamento entre as duas injeções
O especialista em saúde pública Jonathan Van-Tam, consultor do governo britânico, disse que é “importante ter dados que poderiam possibilitar um programa de vacinação mais flexível”, levando em consideração a oferta limitada. “É possível também que, combinando as vacinas, a resposta imunológica seja melhor”, com níveis de anticorpos mais elevados e que durem mais tempo”, sublinhou.
Contaminações em queda
O Reino Unido é o país europeu mais atingido pela epidemia, com mais de 108.00 mortos. O governo britânico apostou na vacinação em massa para controlar o vírus, principalmente depois do aparecimento de uma cepa mais contagiosa que levou o país a adotar, no início de janeiro, um terceiro lockdown.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quarta-feira (03/02) que mais de 10 milhões de pessoas já foram vacinadas no Reino Unido, o que teria permitido reduzir em 67% a quantidade de testes PCR positivos à covid-19 no país.
O objetivo é vacinar mais 15 milhões de pessoas até a metade de fevereiro, incluindo os maiores de 70 anos, os profissionais da saúde e os pacientes com doenças graves, que fazem parte do grupo de risco.