A partir deste domingo (01/05), a Itália entra em uma nova fase da gestão da pandemia da covid-19 e deixa de obrigar o uso do chamado passe verde – o certificado sanitário que atesta vacinação, cura ou teste negativo para a doença – na maioria dos espaços.
O documento só continuará sendo obrigatório para quem deseja visitar idosos nos centros de acolhimento e asilos, como uma forma de proteger a saúde da faixa etária mais frágil em meio a um número ainda alto de casos diários, que estão na casa dos 54 mil. Também será necessário ter o documento para visitas em hospitais.
Uma outra consequência direta do fim do uso do passe verde será uma queda considerável na quantidade de testes realizados diariamente para detectar o Sars-CoV-2. Isso porque muitos refaziam os exames a cada dois ou quatro dias (dependendo do tipo de teste) por não terem se vacinado. Atualmente, essa média está na faixa dos 400 mil por dia.
A decisão de retirar a obrigatoriedade do passe verde foi anunciada ainda em março, quando o governo italiano decidiu encerrar o estado de emergência por conta da covid-19 implementado no início de março de 2020.
Já o passe verde foi introduzido em 5 de agosto de 2021 para incentivar os italianos a se vacinarem. Os serviços em que o documento era exigido foram aumentando conforme o avanço da pandemia.
Em dezembro do ano passado, quando a variante ômicron começava a se espalhar e as festas de fim de ano se aproximavam, o governo turbinou o documento, chamado de “super passe verde”. O certificado mais fortificado era aceito em locais fechados, de maior aglomeração e só permitia a entrada de quem estava vacinado ou tinha se curado da covid-19 no período de 180 dias.
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Documento continuará sendo obrigatório para quem deseja visitar idosos nos centros de acolhimento, asilos e hospitais
Em 2022, com mais de 80% das pessoas com mais de 12 anos com as três doses das vacinas disponíveis e os números mostrando que, apesar de o número de contágios ser alto, os casos eram menos graves e as mortes estavam sendo estabilizadas – um efeito direto da eficiência dos imunizantes -, o governo começou a indicar que o uso do documento seria abandonado.
Por sua vez, a utilização de máscaras em locais fechados segue sendo obrigatória. A medida estava prevista para chegar ao seu fim também neste domingo, no entanto foi adiada até o dia 15 de junho, data que também marca o fim da obrigatoriedade de vacinação para quem têm mais de 50 anos.
O dispositivo de proteção deve ser usado no transporte público, nos locais de entretenimento cultural fechados, como cinemas e teatros, e em eventos esportivos em locais fechados.
O governo recomenda o uso das máscaras para locais abertos com grande aglomeração e dentro dos ambientes de trabalho e ensino e pede “prudência” dos italianos para enfrentar o momento.
Desde que os primeiros casos de covid-19 foram detectados na Itália, em fevereiro de 2020, o país registrou mais de 16,4 milhões de infecções e 163,5 mil mortes. E, depois de um novo pico de casos entre o fim de março e metade de abril, as médias nos dois índices voltam a apresentar quedas.